15/03/2017 às 06h26min - Atualizada em 15/03/2017 às 06h26min

Diabruras de Rollemberg tiram Buarque e Jungmann da briga pelo Buriti em 2018

Notibras

Rodrigo Rollemberg está como o Diabo gosta. Depois de toda a celeuma envolvendo Celina Leão, que teve o dedinho do Palácio do Buriti, o governador conseguiu, com um único tridente, tirar Raul Jungmann e Cristovam Buarque da disputa pelo Palácio do Buriti em 2018.

Forçar a demissão de dois agentes de polícia da equipe do ministro da Defesa fez parte da estratégia. No fundo, porém, tudo não passou de um jogo de cena para atingir o cerne do PPS, em especial do senador que já teve uma passagem pelo governo de Brasília. Com a imagem desgastada e ferido de morte, o PPS viu sua sepultura aberta.
 

Melhor para Tadeu Filippelli, assessor especial do presidente Michel Temer. Enquanto Jungmann e Cristovam são jogados para o Inferno, o ex-vice-governador de Agnelo Queiroz, que andou passeando pelo purgatório, emergiu para a vida pública e voltou a sorrir como um anjo.

Esse novo cenário que se desenha no quadro sucessório de Brasília, a partir do bombardeio em cima da ex-presidente da Câmara Legislativa, riscou o PPS do mapa. O petardo que cortou as garras da Leoa, espalhou estilhaços que nocautearam outros dois próceres do partido. O PPS afundou na crise e levou junto o ministro e o senador, que sonhavam colher muitos votos no próximo pleito.

Os diabinhos que assessoram Rollemberg pingaram enxofre em muitos pontos da cidade. Maquiavelismo a parte, agiram mesmo foi por divertimento. Alimentaram a maldade política, foram mesquinhos e promoveram tudo o que estava ao seu alcance para tirar dois fortes nomes da disputa do próximo ano.

Como diria Belchior, o Buriti deixou as regras de lado. Com o rompimento intempestivo de Cristovam, Rollemberg aproveitou para afastar dois pesos das costas e desatar as mãos. O governador agora seguirá em busca da transformação do velho no novo, tendo o povo como bendito fruto.

Para alcançar o objetivo de reconstruir a imagem vendida na campanha de 2014, Rollemnberg foi convencido por seus pares que a única forma de manter o poder é assumir a ausência de normas políticas. A ordem é agir sem regras, como ensinava a velha cartilha dos mestres. E principalmente, minimizar orientações de antigos aliados, que jamais voltarão a ser reverenciados.

Em linhas gerais, a partir de agora, a palavra de ordem é agradar a gregos e troianos (desde que não tenham nascido em Pernambuco). As divergências serão postas de lado. Rollemnberg, lembrando Maquiavel, vai bater na tecla de que os fins justificam os meios quando a meta é manter o poder conquistado. E se transformará naquele que, comendo algodão doce colorido, vomitará arco-íris.

Quanto a Tadeu Filippelli, tem tudo para nadar de braçadas nas águas rasas do Descoberto e de Santa Maria. Livre pela Justiça para sonhar alto, o ex-vice-governador fica na confortável posição de ser o único adversário de peso a concorrer contra o atual ocupante do Buriti.

Mas, do mesmo jeito que passou a rasteira no PPS, Rollemberg, usando seus diabinhos e promovendo suas diabruras, pode recriar o Lar dos Condenados. E como supostamente mandou vazar conversas pinçadas de Celina, pode muito bem tornar públicas palavras de Eduardo Cunha. Se isso acontecer, Filippelli volta a ser sufocado por ares sobrenaturais.


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