Domingo, 07/12/25

Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo

Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo
Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo | Reprodução

Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo

O exame de corpo de delito feito no soldado do Exército Brasileiro Kelvin Barros da Silva, que confessou ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, apontou lesão contundente. Apesar disso, o militar disse não ter sofrido agressão.

Uma lesão contundente é um dano físico causado por um impacto forte de um objeto sem ponta afiada ou lâmina (um objeto contundente) contra o corpo.

A perícia feita pelo departamento de Polícia técnica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aponta lesões em algumas regiões do corpo do homem:

  • Escoriações recentes, avermelhadas no quadrante inferior no abdômen à direita.
  • Escoriações lineares, recentes, com crosta hemática no antebraço direito e na região lombar à esquerda;
  • Equimose avermelhada sobre a coluna dorsal: uma mancha na pele causada pelo rompimento de pequenos vasos sanguíneos sob a superfície, que libera sangue nos tecidos.

Apesar das escoriações registradas, Kelvin está em bom estado, consciente e orientado.

O exame deixa claro que as lesões causadas foram recentes e não são antigas. Segundo o delegado Paulo Noritika, não há indícios de luta corporal contra a vítima, que se encontrava sentada quando foi achada com o seu corpo carbonizado.

Maria de Lourdes:

Maria de Lourdes era cabo do Exército, tendo ingressado há cinco meses, para a vaga de musicista. Ela foi encontrada morta por militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF).

O feminicídio ocorreu no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG). Em depoimento à Polícia Civil (PCDF), Kelvin Barros confessou a autoria e disse que o crime ocorreu após uma discussão entre os dois.

Segundo Kelvin Barros, eles tinham um relacionamento. “Após uma discussão, em que a mulher teria exigido que ele terminasse com a atual namorada e a assumisse, conforme havia sido prometido pelo autor, a vítima teria sacado sua arma de fogo”, comentou o delegado Paulo Noritika.

“Ele teria segurado a pistola enquanto ela tentava municiá-la. Enquanto isso, ele conseguiu alcançar a faca militar da vítima, que estava em sua cintura, e a atingiu, profundamente, na região do pescoço”, detalhou o delegado.

Paulo Noritika afirmou ainda que a vítima foi encontrada com a arma branca no local da lesão. “Depois disso, no desespero, ele pegou um isqueiro e álcool, incendiando o local onde está sediada a funfarra e fugiu do local, levando a pistola consigo e se desfazendo dela”, disse. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas.

O soldado do Exército Kelvin Barros da Silva teve a sua prisão em flagrante convertida em preventiva neste sábado (6/12) após passar por audiência de custódia no Núcleo de Audiências de Custódia (NAC).

T LB

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