Domingo, 07/12/25

Delegado denuncia estar sendo vigiado e seguido por PMs à paisana

Reprodução

Camionete descaracterizada, com dois PMs à paisana, seguiu o carro do delegado pelas ruas da cidade

Em ocorrência registrada junto à própria Policia Militar, o delegado de Cocalzinho de Goiás, cidade que fica no Entorno do Distrito Federal, Christian Zilmon Mata dos Santos, denunciou estar sendo vigiado, e seguido por dois integrantes da corporação, que, suspeita, pretendiam assassiná-lo. Câmeras de segurança registraram o momento em que a camionete descaracterizada onde estavam dois PMs, que não usavam fardas, seguiu o carro do delegado pelas ruas da cidade.

No Registro de Atendimento Integrado (RAI) que abriu, Zilmon contou ter percebido quando, na noite do último dia oito de outubro, uma camionete branca, com vidros escuros, que já havia passado várias vezes na porta de sua casa, passou a segui-lo logo depois que ele entrou no carro que usa no dia a dia. Sem conseguir identificar quem eram os ocupantes da camionete, o delegado diz ter sido seguido por vários minutos pelos desconhecidos, e, temeroso, estacionou, e entrou em numa academia, de onde observou que os ocupantes da camionete pararam em uma rua próxima.

Ao perceber que os dois ocupantes da camionete desceram do veículo e conversavam no celular, o delegado se aproximou a pé, sacou a arma, e determinou que eles levantassem as mãos. Neste momento, segundo Christian Zilmon, criou-se um momento de grande tensão, já que os dois homens se negaram a obedecer à ordem, e um deles fez menção de que sacaria uma pistola da cintura.

Somente após gritar várias vezes que era delegado, e ouvir dos dois desconhecidos que eles também eram policiais, foi que a situação de acalmou. Os desconhecidos então, segundo o delegado, afirmaram que eram cabos, e disseram que estavam pela cidade fazendo uma investigação para o Batalhão Rural, onde estariam lotados.

No dia seguinte, porém, ao buscar por mais informações, Zilmon descobriu que os dois policiais são na verdade sargentos, e não cabos, como haviam anunciado. O delegado também disse não ter conseguido informações junto a um capitão, com quem havia conversado na noite anterior, sobre qual seria a investigação que os dois policiais que o seguiam estariam fazendo.

Delegado teve irmão morto em um suposto confronto há 10 anos

Ainda no registro da RAI, o delegado disse acreditar ter sido perseguido pelo fato de um processo que apura a morte de um irmão dele, baleado durante um suposto confronto com PMs em Aparecida de Goiânia há 10 anos, ter sido reaberto. Divulgada somente na noite de quarta-feira (22/10) através de um Instagram, a denúncia feita pelo delegado só chegou ao conhecimento da Corregedoria da PM no início da manhã desta quinta-feira (22).

A previsão é que um procedimento para apuração dos fatos seja aberto ainda na tarde de hoje.

Correio de Santa Maria, com informações do delegado que fez um Registro de Atendimento Integrado (RAI)

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