Domingo, 07/12/25

Mendonça diz que Brasil vive “estado de insegurança jurídica” em evento em SP

insegurança jurídica

Mendonça afirma que Brasil vive insegurança jurídica durante evento em São Paulo

O ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, afirmou em almoço empresarial em São Paulo que o país enfrenta um estado de insegurança jurídica. A fala ocorreu em reunião com empresários e autoridades, em que ele avaliou o desempenho do Brasil em indicadores internacionais de governança.

Contexto do pronunciamento

O comentário foi feito durante o Almoço Empresarial Lide, encontro que reuniu empresários e representantes do setor público. Mendonça relacionou a percepção de insegurança jurídica a deficiências em planejamento e incentivos estatais para a iniciativa privada.

Indicadores do Banco Mundial

O ministro citou seis indicadores monitorados pelo Banco Mundial que avaliam governança desde 1996. Ele afirmou que, exceto por voice and accountability, o Brasil fica abaixo da mediana latino-americana em várias dimensões.

Para consulta aos indicadores de governança, veja os dados do Banco Mundial: Worldwide Governance Indicators.

Desempenho por dimensões

  • Voice and accountability: único indicador citado como acima da mediana regional, medindo participação social e liberdade de expressão.
  • Estabilidade política e violência: posição considerada baixa na região, segundo o ministro.
  • Eficácia do governo: apontada como afetada por desperdício, corrupção e burocracia.
  • Qualidade regulatória: descrita como entristecedora, com o Brasil atrás de vários pares regionais.
  • Rule of law: medidor do respeito às leis e segurança contratual; Mendonça afirmou que o país pontua cerca de 40 numa escala de 0 a 100.

Impactos e desafios da insegurança jurídica para a economia

Segundo Mendonça, a Constituição coloca a livre iniciativa como pilar social, cabendo ao Estado fiscalizar, incentivar e planejar a atividade econômica. Ele afirmou que há carência em planejamento e incentivos, o que agrava a percepção de insegurança jurídica.

O ministro ressaltou que problemas como corrupção e excesso de burocracia fazem recursos públicos se esvair e comprometem a efetividade das políticas. Esses fatores, segundo ele, influenciam negativamente a atração de investimentos e a estabilidade dos contratos.

A avaliação apresentada aponta para a necessidade de ações coordenadas entre governo, setor privado e sociedade para reduzir incertezas e fortalecer a confiança nas instituições.

Por Correio de Santa Maria, com informações de Banco Mundial.

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