A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou, na noite desta quarta-feira (25/09/2019), novos detalhes do roubo que acabou de forma trágica no último sábado (21/09/2019), na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Segundo o delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte), Laércio Rossetto, durante a ação, o religioso tentou convencer os bandidos a desistirem. Isso teria irritado Alessandro, que estrangulou a vítima.
Ainda de acordo com o investigador, esses detalhes foram narrados no depoimento de Daniel Souza da Cruz, 29, o terceiro acusado preso na tarde de quarta-feira, no Novo Gama (GO), Entorno do DF. A suspeita inicial era de que ele teria sido o mentor do crime bárbaro. No entanto, após a prisão, Antônio passou a ser identificado como o cabeça do grupo.“Em determinado momento, o padre começou a tentar dissuadir os criminosos, falando a todo instante que eles não precisavam fazer aquilo. Isso irritou Alessandro, que apertava o arame cada vez mais em volta do pescoço do padre. Ele acabou caindo no chão, perdeu os sentidos e morreu estrangulado”, contou Laércio Rosseto, acrescentando que, após o crime, os marginais comemoraram o roubo com “bebida e ostentação”.
Ele escolheu um sábado para cometer o roubo porque a região tem menos movimento de pessoas. Inclusive, fez a divisão de tarefas com os comparsas. A ideia do bando era praticar o crime por volta das 17h, durante a missa, mas o plano deu errado porque eles não conseguiram arrombar a porta da residência. Então, esperaram que alguém se aproximasse. Foi quando o caseiro chegou e foi rendido. Logo em seguida, o padre foi dominado quando entrava em casa. Ele havia acabado de celebrar a missa e ainda estava de batina.
Os criminosos amarraram ambos com arames lisos. As vítimas foram mantidas em pé. Enquanto Alessandro, Antônio e supostamente um adolescente rendiam a padre e o caseiro, Daniel foi o encarregado de ir até o segundo pavimento da casa procurar objetos menores, mas de valor, que poderiam ser roubados.
Antônio tem passagens por homicídio e tráfico de drogas. Alessandro não tinha histórico criminal. O quarto envolvido – que pode ser um adolescente – ainda não havia sido capturado até a última atualização deste texto. Nesta quinta-feira (26/09/2019), Rosseto se reúne com o diretor do Instituto de Criminalística da PCDF para decidirem se será necessária uma reprodução simulada, espécie de reconstituição do crime.