O Brasil vive uma violenta escalada de crise, envolvendo grande parte dos poderes Legislativo e Judiciário, com participação decisiva da sua cúpula e, particularmente, dos seus mandatários.
Existem três objetivos explícitos nessa escalada: um político, que é a inviabilização do governo do presidente Bolsonaro e a consequente derrota numa eventual candidatura à reeleição em 2022; e dois jurídicos, que são a defesa mútua dos criminosos envolvidos, visando a sua impunidade e o boicote à operação Lava Jato.
Daí, o codinome de sucuri de duas cabeças para essa organização criminosa, que se articula e contorce para envolver e esmagar sua presa.
Falando em termos militares, existem três linhas de defesa que são fundamentais:
A LINHA DE DETECÇÃO MÍNIMA: até esse ponto, os inimigos devem estar perfeitamente identificados. Esta linha já ultrapassamos e sabemos exatamente quem são, graças à atuação das redes sociais.
A LINHA DE DESTRUIÇÃO INICIAL: equivalente ao dia 1º de janeiro de 2019, quando as forças do bem deveriam ter iniciado seus ataques ao inimigo.
A LINHA DE DESTRUIÇÃO TOTAL: até essa linha, todo o armamento disponível deve ter sido lançado para evitar que seja cruzada. Uma vez ultrapassada, o inimigo poderá causar danos irreversíveis.
Para vencer esta última trincheira, a sucuri dispõe de uma arma letal, criada por ela mesmo, que é essa aberração permissiva e parlamentarista, ironicamente batizada de “Constituição Cidadã”, a qual é respeitada unicamente pelos militares e pela sociedade civil, já que seus artífices vivem a retalhá-la ao sabor de seus interesses e os “guardiões”, o STF, a interpretam aleatoriamente em favor de seus amos.
Vivemos essa conjuntura desde o início do atual governo.
Três são os atores mais importantes capazes de contrapor-se a essa corrupção institucionalizada:
O Poder Executivo, que se encontra impossibilitado de usar armamento pesado, devido à necessidade premente da aprovação das reformas estruturais, essenciais para resgatar o País da ruína.
A sociedade, que se manifesta sempre aos domingos, porque trabalha e não dispõe dos sanduíches e da mesada característicos dos movimentos da esquerda. Suas manifestações surtem pouco efeito, porque seus alvos são dispersos e estão imunizados por agressões muito mais contundentes, sofridas nas ruas, nos aeroportos, nos restaurantes e até frente às suas casas. Ofensas já lhes soam indiferentes.
Por último e mais eficazes, têm sido os ataques através das redes sociais, que conseguem identificar e abortar algumas ações do inimigo, mas nada que os desvie de sua trajetória.
Tendo chefiado o Departamento de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, tenho plena convicção de que os setores de inteligência das FFAA, do Ministério da Defesa e do Palácio do Planalto estão mergulhados permanentemente nessa crise e trocando conhecimentos.
No entanto, me afligem duas questões:
1 – a linha de destruição total está perfeitamente delineada, ou a única referência seria uma convulsão social?
2 – existe um plano de ação decisivo para que a linha de destruição final não seja cruzada?
Nesta quarta, 17 de outubro, poderá haver mais uma manobra na Suprema Casa da Mãe Joana, desdizendo o que já decidiu por três vezes, para soltar o ladrão-mor e, com ele, centenas de criminosos, poderosos e comuns.
Esse pode ser um passo definitivo para cruzar a linha fatal.
Uma última pergunta: vamos assistir o Brasil afundar e morrer abraçados a uma boia furada que eles fabricaram para nós?
O câncer não se desfaz voluntariamente e deve ser extirpado antes que o organismo esteja irremediavelmente comprometido.
Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!