Está obsoleta a frase contida em decalques e para-choques de caminhões que estampam: “EU TENHO VERGONHA DO STF”. Ao ouvir isso de um advogado durante um voo nacional, o Ministro Lewandowski reagiu pedindo a presença da Polícia Federal a bordo.
Pior ainda, foi preparada uma saída alternativa do prédio do tribunal, para que suas excelências não passem pelo vexame da hostilização pública ao deixarem seu castelo.
A vergonha é um substantivo modesto para traduzir o sentimento do povo em relação àquela Corte que, do alto de sua soberba e com uma linguagem incompreensível, na forma e no conteúdo, deflagrou ontem à noite no país a “Operação Mãos Sujas”, que poderá ser a desmoralização de um processo que está transformando o Brasil em uma referência mundial no combate à corrução e à impunidade.
Na Itália, após as condenações da operação mãos limpas, na década de 90, houve uma série de suicídios de políticos e empresários, envergonhados pelos delitos cometidos. Aqui, os corruptos se vangloriam, ostentam a riqueza ilícita amealhada e são reeleitos pela população analfabeta e refém das esmolas pagas com o dinheiro roubado.
Ontem, o martelo foi batido por uma marionete (boneco manipulável) desqualificada e volúvel, cujo ventríloquo encontra-se preso por um dos seus incontáveis crimes. Não teve coragem e hombridade para repetir seu voto favorável de 2016; a prova disso, foi a desfaçatez de declarar que deixou claro em seu voto que o Congresso Nacional tem autonomia para alterar o marco para o início da execução da pena, sabendo que aquele covil é refém das decisões do seu tribunal e principal interessado na prescrição dos crimes.
Resta agora definir em que ponto se esgotam os recursos na última instância, pois para a defesa do presidiário Lula esse ponto tende para o infinito.
Assim bradou o ministro Barroso em uma seção plenária: “Na pauta de hoje, o último processo é da relatoria da ministra Rosa Weber, um crime de 1991, que o supremo está julgando em 2016. Vinda a sentença de pronúncia, houve um pedido de recurso no sentido estrito; posteriormente, houve a condenação do tribunal de júri e foi interposto um recurso de interpelação; relata o ministro, a seguir, a lista de recursos que vieram na sequência: embargos de declaração; recurso especial; novos embargos de declaração; recurso extraordinário; agravo regimental; embargos declaratórios; novos embargos de declaração; embargos de divergência; outro agravo regimental; mais um embargo de declaração e outro agravo regimental; portanto, um homicídio cometido em 1991, até hoje a sentença não transitou em julgado.” Segundo o próprio ministro Barroso “isso não parece nem uma novela; parece uma comédia.” Me desculpe, ministro; isso não parece uma comédia. Isso É uma esculhambação e um escárnio contra a sociedade. Se um criminoso comum tem acesso a esse nível de protelação, imaginem como correrão os processos contra autoridades do legislativo e do judiciário e contra o cidadão mais honesto do mundo, encarcerado em Curitiba!
A atuação da Suprema Casa da Mãe Joana não deixa dúvidas de que se tornou inaceitável a manutenção de uma corte formada por lacaios incapazes e presunçosos, com mandatos vitalícios, ali plantados por presidentes corruptos e inescrupulosos, que usaram a pobreza, o analfabetismo e a indolência do povo brasileiro para solapar seu patrimônio.
A Carta Magna sequer exige uma formação superior em direito para o mais elevado cargo dessa carreira. A bem da verdade, o “notável saber jurídico” ali exigido é uma expressão abstrata e pode ser adquirido por qualquer cidadão autodidata, em melhores condições que a maioria das faculdades particulares que distribuem diplomas a rodo e com melhor desempenho que boa parte dos atuais ministros.
A Constituição Federal foi escrita sob medida por guerrilheiros e exilados políticos, beneficiados pela Lei da Anistia aprovada em 1979. Graças à credulidade e incompetência dos sistemas de inteligência e dos presidentes militares da época, voltaram ao poder; fartaram-se com o nosso dinheiro; destruíram o país; criaram o foro de São Paulo; internacionalizaram seu alcance; foram derrotados nas urnas; e estão novamente tramando o retorno ao poder com apoio de organizações nacionais e internacionais.
Foi cumprido um verdadeiro círculo vicioso ao qual deveria agora ser dada continuidade, com a adesão total da sociedade e a volta dos movimentos populares que levaram à Revolução Democrática de 1964.
Infelizmente, a despeito de as Forças Armadas gozarem hoje de um reconhecimento e respeito ainda maiores junto à população, a realidade atual é distinta e parece que não estamos dando a devida importância ao perigo da difusão do comunismo no nosso hemisfério. Se o Brasil não assumir a devida responsabilidade e liderança nesse processo, estaremos inexoravelmente marchando para a sua implantação.
Marcamos uma manifestação para o dia 9, quando o nosso destino estaria sendo selado no dia 7, ou seja, para chorar o leite derramado. Nesse dia, suas excelências estarão assistindo no Netflix o seriado “A Irmandade”.
A sociedade brasileira, civil e militar, está presenciando, inerte, o avanço das manobras estratégicas da sucuri, boicotando e desidratando os projetos do governo no Congresso, ao mesmo tempo em que busca um protagonismo que não lhe cabe, enquanto o STF propicia a insegurança jurídica necessária a desestabilizar as instituições.
Diz o artigo 142: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.” (grifo nosso).
O câncer não se desfaz por conta própria; tem que ser extirpado, antes que o organismo do paciente esteja irreversivelmente arruinado. E já apresentamos alguns sinais de metástase.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.