Hong Kong continua em estado de muita tensão dois dias após um policial atirar contra um manifestante à queima-roupa. Manifestantes contra o governo tomaram as ruas cedo na manhã desta quarta-feira (13). Eles levantaram barricadas e jogaram tijolos pelo asfalto para obstruir o tráfego. Alguns serviços de trem também foram afetados. Escolas e universidades, por sua vez, cancelaram as aulas por precaução.
As manifestações atingiram um novo patamar na segunda-feira (11), quando um policial atirou contra um homem de 21 anos. O incidente levou a embates por toda a cidade.
Os confrontos têm paralisado a região semiautônoma por mais de cinco meses. Os manifestantes continuam a pedir por reformas democráticas, mas a chefe do Executivo, Carrie Lam, afirma que a violência não irá ajudá-los a alcançar o objetivo. “Os manifestantes querem paralisar Hong Kong e criar uma situação que impede as pessoas de irem ao trabalho ou à escola. Esses atos são muito egoísta”, afirmou.
A escalada da violência coincide com a preparação da cidade para as eleições distritais que serão realizadas no próximo dia 24. Carrie Lam insiste que seu governo pretende realizar as eleições de forma segura, justa e ordeira.