O legado do condenado Lula da Silva, temporariamente (é o que se supõe) em liberdade, pode estar além dos desvios bilionários que ele promoveu e distribuiu aos companheiros, agora delatores, dentro e fora do território nacional. É muito provável que no período em que esteve encarcerado, seus dependentes mais chegados, em visitas, tenham garantido que fora do xilindró ele ainda era o grande líder. Uma forma, talvez, de animá-lo para suportar a sobrevivência longe do conforto de um tríplex com vista para o mar e do sítio com direito a pedalinho.
Seus sócios imaginaram que manter vivo o ícone petista seria imprescindível à continuidade da organização criminosa – Orcrim, como definiu a Justiça. Então esconderam do líder a realidade externa e o alimentaram de esperanças. O problema é que no período em que esteve preso, o Brasil passou por muitas transformações. Em aparições públicas atuais, seus discursos são delirantes, próprios de um sociopata. Segundo especialistas, um comportamento com visível transtorno de personalidade, de extremo egocentrismo.
O sociopata é capaz de simular sentimentos para manipular, inclusive, aqueles que o cercam. Ao fazer declarações para um público agora reduzido, Lula só consegue convencer mais pessoas de que a sua sociopatia não tem limites. Pode ter sido um péssimo negócio ter deixado o conforto e a segurança da Polícia Federal.
O tempo foi curto para que ele apreendesse que existe um novo conceito coletivo sobre crimes de colarinho branco. Uma repulsa crescente que pavimenta a esperança da população sobre o futuro, que não é aquele ultrapassado que ele propaga, como sempre fez. Mentiram para o Lula que pensa que é livre. Sua sociopatia é tão exagerada que não percebe que já é o bobo da corte, manipulado por seus próprios companheiros. Não terá paz em nenhum reduto onde pisar, de acordo com as recepções hostis que recebeu até agora onde apareceu para descarregar sua verborragia delirante.
Nelson Mandela, com o qual se compara – modestamente -, ficou quietinho na cadeia por 27 anos. Surgiram outras gerações na África do Sul nesse período, tempo suficiente para reconstruir sua figura como mártir e convencer os afrodescendentes. O cativeiro prolongado de Mandela valorizou a sua soltura e então ressurgiu como um grande líder. Mas Lula tem pressa. Ficou apenas uma dúzia de meses comendo muito melhor em Curitiba do que em Garanhuns e acreditou que já havia se apropriado do efeito Mandela. Mentiram para ele, coitado.
Os argumentos certamente foram convincentes e podemos imaginar as frases de efeito que ouviu ao pé do ouvido no isolamento: “Fique firme, companheiro, o povo te ama; Até o STF acredita na sua inocência; Os 40 milhões que você promoveu à Classe Média estão morrendo de saudade; A mídia está do seu lado; Bolsonaro não conseguiu tirar todos os nossos companheiros infiltrados no governo; Já avisei na Câmara e no Senado que se não colaborarem vamos ferrar todo mundo; Arruma um casamento pra mostrar que tu é o cara; Falando nisso, vai mais um gole aí?”
Essas conversas privadas podem ter ocorrido em Curitiba, única razão para justificar a ousadia de alguém que ignora que vivemos uma reorganização dos conceitos de moralidade, crescente em todas as camadas sociais. A sociopatia não é privilégio de comunistas, mas nesse segmento ideológico a incidência é bem maior, é o combustível para criar ilusão. A maioria dos brasileiros já percebeu. Alguns desavisados ainda poderão ser manipulados, não vão notar os sinais de sociopatia grave e irreversível de que sofre o maior artista de todos os presidentes eleitos até hoje.
Mas não são em número suficiente para trazer o atraso e o desregramento moral de volta, como planejado pelo Foro de São Paulo, reduto onde podem ser encontrados sociopatas de todas as marcas e modelos. Lula pretendia ser o maior de todos, enganar seus concidadãos inicialmente e depois iludir seus sócios internacionais para ser o capo di tutti capi. O rei do mundo.
Melhor para ele seria a cadeira de balanço. Mas isso também não é uma solução. Lula pode entender que é balanço contábil, carregar a cadeira para a Rua Empedrados em Havana, Cuba, e de lá contemplar milhões de dólares surrupiados dos brasileiros e que fazem a alegria de seus cotistas comunistas. Regados a mojitos, claro.