Toda a área externa do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha passará, a partir desta quarta-feira (08/01/2020), a ser demarcada e cercada para a cobrança de estacionamento.
A previsão é que, a partir de fevereiro, os veículos que pararem nas proximidades da arena, onde também está prevista a construção do boulevard, tenham que pagar uma taxa, a exemplo do que ocorre em locais como o Aeroporto de Brasília e shoppings da capital.
O anúncio ocorre após a Estapar, uma das maiores empresas do ramo de estacionamentos, ter assinado com a Arena BSB, responsável pela gestão do estádio, um contrato de 10 anos para administrar o entra e sai de automóveis na região.
“O que a gente entende é o seguinte: antigamente, todo cidadão pagava, mesmo sem usar. Agora, quem usar paga e quem não usar não paga nada”, explicou Richard Dubois, presidente da Arena, em entrevista ao Metrópoles na terça-feira (07/01/2020).
Ainda segundo Dubois, “o custo de manutenção será todo absorvido por nós, e quem quiser ter a comodidade e o conforto de vir de carro terá uma vaga tranquila, serena, iluminada, segura e sem nenhum tipo de assédio para parar o veículo. Mas vai pagar por isso, como ocorre em outros locais”.
A empresa espera licenças de órgãos do governo e parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para definir onde ficarão as cancelas de entrada e saída.
Segundo o empresário, a futura estrutura de acesso à arena também foi pensada para quem preferir deixar o carro em casa. “Quem quiser pode optar pelo transporte público, com as linhas de acesso. Também estamos preparando dois bolsões para embarque e desembarque destinados aos usuários de aplicativos de transporte”, adiantou.
Dubois explica que o projeto prevê que os motoristas de Uber, Cabify e 99, por exemplo, parem em locais perto do acesso, e o passageiro já saiba exatamente onde o condutor está esperando, com sinalizações, para dar melhor fluxo ao trânsito, especialmente em dia de eventos com grande concentração de público.
Embora as medidas já sejam concretas, ainda não se sabe qual será o valor estabelecido para o estacionamento nas mediações do Mané Garrincha. “Estão fazendo estudo de mercado. Dependerá do número de vagas e também do evento a ser realizado”, completou.
Eventos, festas e shows já programados para a área externa do estádio não serão prejudicados, uma vez que usarão o espaço entre o Mané Garrincha e o Ginásio Nilson Nelson.
Em 2018, o estacionamento do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, nas proximidades do Mané Garrincha, passou a ser administrado pela Concessionária Capital DF, que iniciou a cobrança pelas vagas no local.
Após estipular o preço único de R$ 35, o Governo do Distrito Federal (GDF) intercedeu e conseguiu o fracionamento do valor, que ficou acordado em R$ 0,10 por minuto. O limite definido foi de R$ 25 por até 12 horas de permanência do veículo.
A Arena BSB está prestes a assumir definitivamente a gestão do estádio nacional. Já no fim do mês, a praça desportiva reconstruída para a Copa do Mundo de 2014, que ficou nacionalmente conhecida pelo superfaturamento das obras, terá a administração repassada para o consórcio vencedor da concessão pública. A solenidade será marcada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Desde julho passado, os seis meses desde a oficialização do acordo serviram como um prazo de transição, conforme solicitado pelo GDF. Com o fim desse período, o grupo empresarial – que tem participação das empresas RNGD Consultoria de Negócios Ltda-EPP e Arena do Brasil Gestão de Estádios e Arenas Ltda – passa a ter o controle total dos mais de 152 mil m² de potencial construtivo da região