17/01/2020 às 19h23min - Atualizada em 17/01/2020 às 19h23min

​Ao contrário da Gol, Varig negou propina para a esquerda e quebrou

Redação Sul


A delação de um dos sócios da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, em delação premiada de ter repassado R$ 7 milhões em propina ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a outros políticos revela que Varig não conseguiu ser recuperada,exatamente por não ter entrado no esquema de propinas. A Varig, era a maior empresa de aviação do Brasil, e quebrou em 2006 depois de uma via crucis de sofrimentos e retaliações dos governos de Lula
 
O PT de Lula, que estava no poder nessa época, negou aporte à empresa, segundo Paulo Antony, comandante da Varig por mais de 20 anos Ele e milhares de outros funcionários da Varig até hoje lutam na Justiça para ter seus direitos trabalhistas pagos A Varig começou a ter problemas em 2002, quando os petistas procuraram o então presidente da companhia, Ozires Silva, para que contribuísse para a campanha de Lula. A contribuição foi negada. Na época presidente do PT, José Dirceu, disse que se o PT fosse eleito, a Varig passaria a pão e água E o PT quebrou a VARIG
 
A delação da Gol
Agora, o sócio da Gol revela que conseguiu empréstimos facilitados “em troca de atuação ilícita de membros do grupo em diversos negócios”. O interesse do empresário era a liberação de financiamento de R$ 300 milhões do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), controlado pela Caixa Econômica Federal, para a ViaRondon, empresa ligada a Constantino.
 
Os beneficiários da propina
Além de Maia, foram citados como beneficiários o ex-senador e atual presidente do MDB, Romero Jucá (RR), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), além dos ex-deputados Vicente Cândido (PT-SP), Marco Maia (PT-RS), Edinho Araújo (MDB-SP), Otávio Leite (PSDB-RJ) e Bruno Araújo (PSDB-PE), entre outros.
 
Como foi o fim da Varig
O advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, e sogro do advogado Cristiano Zanin, também ajudou a quebrar a Varig. No auge da crise, a Varig foi vendida por US$ 24 milhões para o grupo do chinês Larchan. Logo em seguida, com a ajuda do advogado Teixeira, a Varig foi revendida meses depois à GOL por US$ 275 milhões. Teixeira ganhou US$ 5 milhões e pelo menos 15 mil trabalhadores da Varig ficaram na rua.
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