04/02/2020 às 18h58min - Atualizada em 04/02/2020 às 18h58min

PCDF prende líder do PCC que planejava queimar ônibus em Brasília

Equipes da Difac foram até Assis, em São Paulo, para efetuar a detenção de uma das maiores lideranças da facção na capital do país

METRÓPOLES

Integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal colocaram atrás das grades uma das maiores lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Brasília. Nessa segunda-feira (03/02/2020), uma equipe da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) foi até o município paulista de Assis, em São Paulo, e cumpriu mandado de prisão contra Alexandro Dionato dos Santos, conhecido como Tony Country ou Goleador.

Segundo as investigações conduzidas pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), ele era o principal responsável por atender aos interesses e assuntos dos detidos do PCC no Presídio Federal de Brasília, entre eles o maior expoente da facção criminosa, Marcos WilliansHerbas Camacho, o Marcola.

O monitoramento da polícia brasiliense conseguiu descortinar um dos planos do PCC na cidade: Tony Country teria recebido ordens de superiores hierárquicos para promover ataques e queimas de ônibus no DF.

A baixa no PCC é mais um desdobramento da Operação Continuum, deflagrada em março de 2019 em parceria da PCDF com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Na ocasião, oito pessoas foram detidas. Em poder do grupo estava uma espécie de documento em que todos os associados do PCC precisavam ter para provar o elo com a facção. O papel traz informações como nome completo, idade, telefone, dados dos padrinho, data do batismo e dívidas de drogas.

Plano de fuga

Em 20 de dezembro de 2019, foi revelado que os integrantes da organização planejam colocar em prática o plano de resgate do líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Condenado a mais de 300 anos de prisão, Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. A unidade chegou a receber reforço de tropas do Exército.

 

As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo. O estado é berço da facção criminosa. Marcola foi transferido para a capital federal em março de 2019 sob forte aparato policial.

Há indícios de que o suposto resgate estaria pago e seria feito pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas.

De acordo com informações, os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática. O PCC teria reunido um verdadeiro exército de alto nível e com integrantes que possuem conhecimento militar e de armamentos. A facção já teria mapeado os arredores do complexo penitenciário em Brasília com o uso de drones.

Metrópoles 


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