05/02/2020 às 06h13min - Atualizada em 05/02/2020 às 06h13min

Na CLDF, Ibaneis faz balanço da gestão e anuncia obras para 2020

Governador participou da abertura dos trabalhos na Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (04/02/2020)

METRÓPOLES
Ibaneis Rocha (MDB) participou da abertura dos trabalhos em 2020 na Câmara Legislativa (CLDF) na tarde desta terça-feira (04/02/2020). Como o presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), está fora de Brasília, coube ao vice-presidente, Rodrigo Delmasso (Republicanos), iniciar a sessão. Em seguida, o governador falou por 50 minutos e fez um balanço do primeiro ano de gestão.

Sem anunciar projetos de lei específicos, o emedebista também relembrou uma série de iniciativas anunciadas para os próximos meses, como a construção de sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 2020. “A partir de maio, começaremos a entregar uma unidade por mês”, afirmou.

Ao falar sobre a saúde pública, Ibaneis disse que 2019 foi um ano de organização. “Passamos por um período de adaptação. Tivemos que explicar nossa missão para os servidores, diretores, secretários e presidentes. Não se faz uma política nova da noite para o dia, e nós tivemos avanços significativos. Nada disso seria possível sem a Câmara”, enfatizou.

Para o chefe do Executivo, uma medida acertada foi a aprovação do Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF), que passou a administrar os hospitais de Base e de Santa Maria, além das UPAs. “Em seis meses, conseguimos restaurar, aparelhar, aumentar recursos humanos e dar esperança para as pessoas”, disse, alfinetando gestores anteriores. “A saúde no DF foi sucateada nos últimos 10 anos.”

O governador também comemorou a reabertura de todas as delegacias do Distrito Federal em seu primeiro ano de governo, mas criticou o instituto das audiências de custódia e o fato de agressores de mulheres não terem punições mais duras.

Ibaneis prometeu, nos próximos dias, assinar a nomeação de 700 novos policiais militares, que passarão pelo curso de formação, e chamar agentes de Polícia Civil que estejam aguardando a convocação.

“Sempre fui um defensor das audiência de custódia, mas está errada a forma como estão sendo feitas, está errada. Hoje um policial militar tem vergonha de prender um bandido. Pois no dia seguinte ele prende o mesmo bandido de novo”, disse Ibaneis.

Infraestrutura

O governador afirmou, ainda, que retomou obras há muito tempo paradas pelo DF e que está investindo na infraestrutura das cidades, com foco especial em Samambaia, Taguatinga e Ceilândia. Segundo Ibaneis, são mais de 50 obras que estão elencadas em um caderno do GDF.

“As obras de infraestrutura serão feitas durante este ano. Revitalizando essas áreas, imagina o quanto vamos desenvolver nossa cidade. Vejam o viaduto do Recanto das Emas: estamos na parte final do projeto.”

Economia e emprego

Durante o discurso, Ibaneis também afirmou que Brasília só voltará a crescer com a confiança de empresários. “Governo não gera emprego, quem gera emprego é empresário”, disse.

O governador lembrou o caso da empresa Sanoli, fornecedora de alimentação hospitalar, que passa por grave crise financeira. “Quem quebrou a Sanoli não fui eu. O desrespeito que se tinha aqui com os empresários deixou acumular R$ 60 milhões em dívidas com a Sanoli”, disse.

O chefe do Executivo analisa que essa não pode ser uma prática. “Estamos trazendo três shoppings para o DF e negociando com uma fábrica de automóveis a vinda para Brasília. O Banco de Brasília (BRB) tem crescido e ajudado também a estimular a economia”, afirmou.

O governador elogiou a atuação do BRB. Segundo ele, a instituição saiu das páginas policiais para as de economia e disse que, atualmente, a instituição brasiliense só fica atrás da Caixa Econômica Federal (CEF) quando o assunto é concessão de crédito.

O governador lembrou também que, na semana passada, foi ao Piauí, onde o BRB formalizou a intenção de abrir uma agência na sede da Fecomércio-PI, e conseguiu negociar as folhas de pagamento do Sesc e do Senac.

Nos próximos dias, disse Ibaneis, será feito o mesmo com a folha da Fecomércio de Belo Horizonte. “A previsão para o ano era que o BRB recebesse R$ 1 bilhão com CDBs [Certificados de Depósitos Bancários]. Mas, desde que passamos a trabalhar para trazer investimentos, a projeção é de R$ 4 bilhões”, disse.


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