Os módulos são de concreto e alvenaria. Cada um custará R$ 120 mil – contando todas as obras de infraestrutura, como calçadas, cobertura e área de lazer. Ao todo, o valor estimado do investimento é de R$ 60 milhões.
A princípio, o modelo estudado para as salas era o modulado pré-pronto, ou pré-moldado, mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) descartou essa possibilidade. “Não serão escolas de lata, serão construções modernas”, afirmou o emedebista, referindo-se a contêineres instalados nas unidades de ensino. Esse modelo esquenta e vira um “forno” para crianças, adolescentes e professores.
As obras no DF serão feitas com tijolos maiores do que os convencionais, o que proporciona mais celeridade na conclusão. Além disso, não serão erguidas escolas inteiras: serão salas adicionais, dependendo da necessidade de cada local.
“Vamos expandir os colégios de forma rápida, porém de maneira muito bem feita. As telhas serão convencionais, não aquelas que esquentam. O pé direito será alto e todas as unidades terão ar-condicionado”, frisou o presidente da Novacap, Candido Teles de Araujo.
Segundo o chefe do Executivo local, os módulos darão a oportunidade de os alunos estudarem mais perto de casa e, assim, o GDF poderá reduzir as despesas com transporte. “Não tem por que gastarmos R$ 200 milhões com transporte, como em 2019, se podemos construir uma escola com R$ 8 milhões, perto da casa dos estudantes”, ressaltou.
Os módulos de salas serão instalados em escolas já existentes, em 23 cidades definidas pela área de planejamento da Secretaria de Educação. A princípio, a implantação ocorrerá em 58 escolas já vistoriadas pela Novacap.
O projeto prevê instalação nas seguintes regiões administrativas: Taguatinga, Ceilândia, Guará, Samambaia, Gama, Sobradinho, Riacho Fundo II, Brazlândia, Santa Maria, Varjão, Sobradinho II, Fercal, Sol Nascente/Pôr do Sol, São Sebastião, SCIA/Estrutural, Arniqueira, Planaltina, Itapoã, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Candangolândia.
Como o Metrópoles mostrou no último dia 27, às vésperas do início do ano letivo na rede pública de ensino do Distrito Federal, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) cobra a reforma e a reconstrução de 75 escolas públicas brasilienses. Os processos têm andamentos distintos. Enquanto alguns partem de denúncias recentes de alunos, pais e professores; outros se arrastam por décadas.
Do ponto de vista da promotora Márcia Pereira da Rocha, da Promotoria de Defesa da Educação (Proeduc), todas as regionais de ensino do DF estão “contaminadas” pelo descaso com a manutenção das escolas públicas. Auditorias do Tribunal de Contas do DF (TCDF) e do Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF) flagraram problemas em centenas de instituições de ensino.