O professor Luiz Felipe Pondé, por exemplo, mostrou recentemente, e mais uma vez, uma dessas realidades absolutamente indiscutíveis. Não existe na história, disse Pondé, o caso de um único trabalhador americano que tenha fugido para o Brasil em busca da proteção da legislação trabalhista e dos direitos que ela confere a quem trabalha.
Ao mesmo tempo, existem alguns milhões de trabalhadores brasileiros que querem o tempo todo entrar nos Estados Unidos – onde não há legislação trabalhista nenhuma e os direitos do empregado se resumem basicamente a receber o salário – em busca de trabalho. Aliás, querem ir para lá de qualquer jeito – legal ou ilegalmente. Não ficam apavorados com a ausência completa de “proteção aos direitos do trabalhador” nos Estados Unidos? Não, não ficam.
Não se trata de um argumento; é apenas a constatação inteligente dos fatos e a conexão obrigatória de uma ideia com outra. Justamente por isso, provoca as piores indignações por parte da esquerda e desse monumental sistema de manutenção de parasitas que é a “justiça trabalhista” no Brasil. Essa aberração não protege o trabalhador – ela jamais poderá fazer isso, pois é contra o trabalho. Beneficia, além dos seus milhares de funcionários, apenas advogados e quem tem dinheiro para pagá-los.
É um fato da vida real, só isso. Mas não vale, porque é um fato “fascista”.