“Existe uma proposta no Senado, que está parada. Eu, a princípio, sou simpático à redução da maioridade para 16 [anos] para crimes gravíssimos”, disse o ministro da Justiça na conversa.
O filho do presidente começou a entrevista perguntando ao ministro se é possível ligar a queda no número de homicídios no país no ano passado com a flexibilização da posse de armas de fogo. Moro disse que é difícil fazer essa conexão. “Esse ano [2019] houve a flexibilização, mas concomitantemente houve a queda [nos homicídios], o que significa que flexibilização provavelmente não levou ao incremento mas também não se pode dizer que levou a uma diminuição [das estatísticas criminais]”, despistou.
Moro foi notícia esta semana ao discutir com um parlamentar de oposição. O ministro participava de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a PEC nº 199/2019, que trata da execução de pena após a condenação em segunda instância, quando o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) o acusou de proteger milicianos usando a Polícia Federal. Braga chamou Moro de “covarde” e “capanga da milícia”. Um bate-boca se seguiu e a audiência precisou ser suspensa.