O primeiro ano de mandato da 56ª legislatura foi o que mais gastou com o benefício desde 2015, com a média mais cara de depósitos: R$ 639,01 por deslocamento. Em 2017, foram registradas 465 viagens e um montante de R$ 283.404,25 destinado ao pagamento do adicional.
Em 2016, foram gastos R$ 252.429,29 com 392 missões oficiais. Em 2015, que igualou 2019 na quantidade de viagens, foram desembolsados R$ 314.907,91. Todos os números foram corrigidos pela inflação.
Além de receber diárias para arcar com os custos de hospedagem, transporte local e alimentação, parlamentares recebem ainda o adicional até o local de trabalho ou pousada e vice-versa.
Segundo o regimento interno da Casa, o valor do adicional é limitado a um benefício por missão oficial, correspondente a 80% do valor básico da menor diária para viagens nacionais e internacionais, respectivamente. A taxa extra é paga também nos casos de o deputado usar veículo próprio para a realização de trabalho fora da sede ou de sua área residencial.
Como referências, deputados que fazem viagens nacionais recebem uma diária de R$ 524. Nas viagens internacionais, o valor é de US$ 391 para países da América do Sul e de US$ 428 para outros países. O presidente da Câmara, por sua vez, recebe uma quantia maior: para destinos no Brasil, R$ 611. Para viagens aos países vizinhos, US$ 428,00 e, para outros países, US$ 550.
Quem recebeu mais
Os deputados que mais receberam o adicional de embarque e desembarque foram José Airton Félix Cirilo (PT-CE), com R$ 6.986,50, para fazer oito viagens; Cláudio Cajado (PP-BA), com R$ 6.093,10, em nove missões oficiais; e Zé Carlos (PT-MA), com R$ 5.988,08, também para oito viagens.
O maior valor gasto com adicional foi um dia em Monterrey, no México, da deputada Leandre (PV-PR). Ela foi participar da XI Reunião Internacional da Rede Hemisférica de Parlamentares e Ex-Parlamentares pela Primeira Infância, no período de 9 a 10 de outubro de 2019, e, só de benefício, recebeu R$ 1.831,80.