25/04/2020 às 16h15min - Atualizada em 25/04/2020 às 16h15min

Generais avisam que Mourão vai pegar as rédeas

Temendo um desfecho desfavorável ao capitão Jair Bolsonaro na crise iniciada com a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, oficiais-generais das três Forças já articulam o ‘dia seguinte’ sem o presidente. A revelação, na condição de anonimato, foi feita a Notibras por um general que transita com facilidade em diferentes gabinetes militares.

A avaliação é a de que o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, vai mandar investigar Bolsonaro, como pediu o PGR Augusto Aras. E ao mesmo tempo – esse é o raciocínio do momento -, Rodrigo Maia tocará, na Câmara dos Deputados, os muitos pedidos de impeachment do presidente.

Em meio a esse pandemônio, para evitar uma pandemia política, o vice-presidente foi avisado que assumirá as rédeas do poder. É questão de dias, garante esse graduado militar. O sentimento é o de que, pior sem Moro, será melhor, e menos traumático, com o general Hamilton Mourão.

A possibilidade de Bolsonaro ser afastado por até seis, como determina a Constituição, para que não possa influenciar nas investigações para apurar as denúncias formuladas por Sérgio Moro, fez subir a temperatura política em Brasília.

Para evitar uma ruptura institucional, pontua essa fonte, a saída será abrir a porta do gabinete do terceiro andar do Planalto para o general Hamilton Mourão entrar. Essa hipótese teria o aval do Exército, Marinha e Aeronáutica, onde o vice é visto como homem de diálogo, inclusive em condições de pacificar as relações do Executivo com o Legislativo e o Judiciário.


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