Segundo delação premiada de Rodrigo Lopes, ex-diretor da Andrade Gutierrez, somente Agnelo e Filippelli teriam recebido R$ 8 milhões em propina para as obras do BRT-Sul. O valor corresponde a 4% do total recebido pela empreiteira Andrade Gutierrez para tocar o empreendimento. PT e PMDB também teriam sido beneficiados.
As informações sobre as possíveis fraudes foram obtidas no decorrer das investigações da Operação Lava Jato, por meio do acordo de colaboração premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht.
Segundo delação premiada de Rodrigo Lopes, ex-diretor da Andrade Gutierrez, somente Agnelo e Filippelli teriam recebido R$ 8 milhões em propina para as obras do BRT-Sul. O valor corresponde a 4% do total recebido pela empreiteira Andrade Gutierrez para tocar o empreendimento. PT e PMDB também teriam sido beneficiados.
As informações sobre as possíveis fraudes foram obtidas no decorrer das investigações da Operação Lava Jato, por meio do acordo de colaboração premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht.
O esquema teria começado durante as eleições de 2006, quando o então candidato a governador do DF José Roberto Arruda e seu futuro secretário de Obras, Márcio Machado, estruturaram acordos de mercado com empreiteiras atuantes no Distrito Federal. Elas deveriam contribuir financeiramente com a campanha eleitoral e repassar parte dos pagamentos quando as obras começassem.
A reportagem entrou em contato com as defesas de Agnelo e Filippelli por telefone e mensagem. Até a última atualização desta matéria, eles ainda não haviam se pronunciado. O espaço continua aberto para manifestações.
Em relação às obras do BRT-Sul, ficou acordado, segundo conta a ação do MPF, que as empreiteiras Andrade Gutierrez, VIA e OAS seriam as responsáveis, sendo apresentada pela Odebrecht proposta de cobertura para viabilizar a licitação.
Em maio de 2008, a Secretaria de Estado de Obras do Distrito Federal celebrou o convênio com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF), para realizar licitação do BRT-Sul. As empreiteiras Andrade Gutierrez, OAS e VIA teriam se associado a agentes administrativos para, mediante a elaboração conjunta do edital, manipular o resultado.
O consórcio formado pela Andrade Gutierrez, OAS, VIA e Setepla saiu vencedor com a proposta de R$ 587.400.719,83, sendo firmado o contrato com o Metrô/DF em maio de 2009.
O Tribunal de Contas do DF (TCDF) chegou a embargar a obra do BRT-Sul, o que impediu o início de sua construção no decorrer do mandato do ex-governador José Roberto Arruda. Agnelo e Filippelli deram continuidade durante o governo deles.
Segundo as delações e denúncia do MPF, iniciada a obra do BRT-Sul, a propina de 4% para os partidos teria sido paga.
Diante dos fatos apresentados pelo MPF, a Justiça Federal decretou, liminarmente, a indisponibilidade dos bens dos envolvidos a fim de garantir a reparação do dano em caso de condenação por improbidade administrativa. O sigilo do processo também foi suspenso na decisão.
A Andrade Gutierrez, a OAS e os demais envolvidos não estão na ação por terem fechado acordos de leniência, atualmente em vigor.
Confira os envolvidos e os valores bloqueados, segundo o MPF: