12/05/2020 às 07h12min - Atualizada em 12/05/2020 às 07h12min

China pediu para OMS adiar alerta sobre Covid-19

De acordo com um relatório publicado pelo jornal alemão Der Spiegel, o ditador chinês Xi Jinping teria pedido ao Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, em janeiro, para que retardasse um “alerta global” sobre os riscos do coronavírus.

CM JORNAL

Um relatório publicado pela revista alemã ‘Der Spiegel’ aponta que o presidente da China, Xi Jinping, terá pedido, em janeiro, ao diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, para adiar a divulgação de informações sobre a ameaça global da Covid-19. Xi Jinping terá pedido para que a OMS "retardasse um alerta global" sobre a transmissão do vírus de humano para humano.

A acusação divulgada pela publicação faz parte de um relatório do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND), que aponta que a China, ao não divulgar de imediato as informações sobre a pandemia, terá perdido entre quatro a seis semanas de combate ao vírus. O jornal alemão informa que "a 21 de janeiro o líder da China, Xi Jinping, questionou o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre um possível encobrimento" da situação. Porém, a confirmação da transmissão do novo tipo de coronavírus entre humanos foi dada pela OMS no dia anterior, a 20 de janeiro, e não dia 22, como refere a revista.

 

A Organização Mundial de Saúde já reagiu à situação, tendo emitido um comunicado afirmando que as alegações apresentadas no relatório são "infundadas e falsas". E na sua página do Twitter esclareceu que "o Dr. Tedros e o presidente Xi nunca falaram no dia 21 de janeiro e nunca falaram por telefone. Estes relatos imprecisos distraem e prejudicam os esforços da OMS e do mundo em acabar com esta pandemia da Covid-19".

Ainda segundo a ‘Der Spiegel’, o mesmo serviço de inteligência alemão realizou, na semana passada, um encontro de serviços secretos, conhecido como Five Eyes, no qual participaram os EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, e onde os norte-americanos questionaram sobre uma possível criação do vírus num laboratório da China.

PORMENORES
Estados Unidos acusam
Já não é a primeira vez que os Estados Unidos da América acusam a China de fabricar o vírus. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, já tinha afirmado ter "provas esmagadoras" de que o vírus tinha sido criado em laboratório. No entanto, acabou por recuar nas suas declarações.

Mais casos registados
A China registou este domingo mais 14 novos casos de infeção, sendo que 12 destes são de contágio local e dois são importados. Um dos novos casos foi descoberto na cidade de Wuhan, o primeiro em mais de um mês.


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