Dois lotes de carnes fornecidos para merendas escolares da rede pública do Distrito Federal foram alvo de uma inspeção feita pela Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, na manhã desta terça-feira (21). A medida é uma prevenção, diante das investigações feitas pela Polícia Federal, já que o produto o produto é fornecido por uma das empresas investigadas na operação. Mas não é oriundo de nenhum dos frigoríficos citados.
As amostras foram recolhidas no Jardim de Infância 1 do Cruzeiro, onde estudam aproximadamente 200 crianças. Os fiscais coletaram seis amostras de dois quilos cada. Duas ficarão retidas na escola, caso seja necessária posterior contraprova do resultado, outras duas foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen), e outra porção extra ficará reservada, à disposição do laboratório, caso ocorra alguma falha nos primeiros testes.
"Não há muita carne no cardápio escolar. Vamos fazer uma análise, mas o importante é que as pessoas saibam que a medida é uma precaução, porque não temos nenhum indício de que ela esteja estragada e nenhuma denúncia nesse sentido", explicou o gerente de Alimentos da Secretaria de Saúde, André Godoy.
A previsão é de que o laudo fique pronto entre sete e 10 dias, após análises físico-químicas e microbiológicas, que envolvem verificação de resíduos, presença de bactérias, acidez, entre outros itens. "As carnes aparentemente estão boas, mas se tiver alguma fraude, vamos descobrir", disse.
O gerente explicou que o monitoramento dos produtos adquiridos pela Secretaria de Educação para a merenda escolar faz parte do procedimento rotineiro da Vigilância Sanitária. "O cardápio escolar já não é feito com embutidos até por preocupações nutricionais. Só podem ser usadas carne in natura, que são congeladas rapidamente e são mais seguras", disse.
A Vigilância Sanitária também pretende fazer inspeções extras nas compras dos Restaurantes Comunitários e em redes de supermercados, onde serão verificadas a origem e acondicionamento dos produtos.