O empresário acabou morto no sábado (16/5) na frente ao seu estabelecimento. O caso é apurado pela 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul).
De acordo com as investigações, a boate seria usada pela facção criminosa para a lavagem de dinheiro amealhado com o tráfico de drogas e venda e aluguel de armas. Tiago teria, segundo a polícia, relação com os homens que depois se tornariam seus algozes.
“Nossa investigação envolve lavagem de dinheiro. Temos certeza de que a morte do dono do local foi queima de arquivo por ter presenciado o duplo homicídio, mas outros fatores são alvo de apuração”, explicou o delegado-chefe da 32ª DP, Pedro de Moraes.
Câmeras do circuito de segurança instaladas próximas ao local do crime registraram o momento da execução de Tiago. A vítima organizava a entrada da boate quando foi surpreendida e baleada diversas vezes. Testemunhas que estavam nas proximidades chegaram a socorrê-la ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam), mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Em 18 de agosto do ano passado, a PCDF deflagrou uma megaoperação com o objetivo de desarticular facção criminosa criada na capital e especializada em roubos, tráfico e homicídios: o Comboio do Cão (CDC).
Mais de 300 agentes e delegados foram às ruas para cumprir 49 mandados de prisão preventiva e 55 de busca e apreensão. Entre os detidos, está um advogado acusado de trabalhar para a organização. Além do DF, a ação ocorreu simultaneamente em municípios de Minas Gerais, Goiás e Piauí.
O grupo brasiliense cresceu de forma isolada e não teria vínculo com organizações criminosas com atuação nacional, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar da aparente independência do Comboio do Cão, a quadrilha busca se cacifar perante as demais facções e ganhar o respeito dos rivais.
Investigações da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) apontam que a gangue do DF procura reproduzir práticas adotadas pelas grandes e conhecidas facções criminosas do país, como o PCC