21/05/2020 às 07h06min - Atualizada em 21/05/2020 às 07h06min

Juízes do TJDFT recebem mensagem com ameaça de morte: “Traidores da pátria”

O aviso fala em “estado de sítio” sob o comando do general do Exército Walter Souza Braga Netto, chefe da Casa Civil da Presidência

Juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) receberam mensagens anônimas com ameaças de morte. Os textos foram encaminhados por e-mail aos magistrados.
 

“O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso”, diz o aviso. “Por isso, convocamos a população para matar em legítima defesa de si mesmo e da pátria políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, protetores e demônios de toda sorte (sic)”.

 

 

A mensagem fala em “estado de sítio” sob o comando do general do Exército Walter Souza Braga Netto, chefe da Casa Civil da Presidência da República.

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Confira a íntegra do texto:

Assunto: SENTENÇA DE MORTE AOS TRAIDORES DA PÁTRIA.

Aos políticos, juízes, promotores, mefíticos e vagabundos de toda sorte.

O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso.

Por esse motivo, a partir de agora, serão resolvidos através da execução do ESTADO DE SÍTIO, sob comando do exmo. Gen. de Exército Walter Souza Braga Neto.

Por isso, convocamos a população para MATAR EM LEGÍTIMA DEFESA DE SI MESMO E DA PÁTRIA políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, amigos, protetores, e demônios de toda sorte.

MATEM TODOS.

MATEM JUÍZES, MATEM PROMOTORES, MATEM DEPUTADOS, PREFEITOS, VEREADORES, PARENTES, FILHOS, NETOS E AMIGOS.

BASE LEGAL PARA A SENTENÇA DE MORTE

O TJDFT não comentou o assunto até a última atualização desta nota. O espaço continua aberto para manifestações.

O que diz o ministro

Em nota enviada à coluna, o ministro Braga Netto “repudiou o conteúdo dos e-mails citados e o uso de seu nome”. Ele ainda externa que “solicitará a rigorosa apuração da autoria e a responsabilização dos envolvidos”, diz o texto.


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