25/05/2020 às 19h01min - Atualizada em 25/05/2020 às 19h01min

Justiça mantém presos extremistas que ameaçaram juízes, Bolsonaro e Ibaneis

Célio Evangelista e Rodrigo Ferreira foram detidos por propagarem mensagens de ódio a diversas autoridades do país

METRÓPOLES
A juíza da 5ª Vara Federal de Brasília Diana Maria Wanderley da Silva manteve a prisão preventiva dos dois homens acusados de ameaçar de morte diversas autoridades do país.
 

A magistrada entendeu, em sua decisão, que Célio Evangelista Ferreira do Nascimento e Rodrigo Ferreira representam risco à sociedade caso sejam colocados em liberdade.

“Diante do relato dos presos, a medida de segregação cautelar da prisão preventiva é a que se impõe. Restou claro que os agentes não demonstraram arrependimento com a conduta realizada; ao revés, há indícios de que o intento era ir mais além, inclusive com a probabilidade de realizar outros delitos”, escreveu no despacho assinado no plantão judicial de sexta-feira (22/05).

Ainda na sexta, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) também havia se manifestado pela prisão em caráter preventivo da dupla.

Ameaças

Conforme o Metrópoles mostrou em primeira mão, Nascimento e Ferreira foram presos na quinta-feira (21/05) no residencial de luxo Lake Side, localizado às margens do Lago Paranoá, em operação conjunta da Polícia Civil (PCDF) e do Ministério Público do DF (MPDFT). Eles divulgaram mensagens ameaçando matar políticos e magistrados do DF.

Na gravação, publicada no canal da dupla no YouTube, o advogado Rodrigo Ferreira solicita que “se estabeleça a obrigatoriedade do uso de rolha no ânus para todas as pessoas”. O homem dá uma explicação para a regra.

Ainda segundo a investigação, o grupo recebia financiamento. “Existem as pessoas que ficam direto no escritório produzindo vídeos para a internet e um porta-voz, que aparece nas gravações. Percebemos que são pessoas financiadas. Moram em um local com aluguel caro, possuem veículos e gastam combustível para rodar o dia inteiro divulgando o material. Eles não têm fonte de renda que justifique o padrão de vida no local. Eles próprios, informalmente, admitiram isso”, assinalou Giancarlos Zuliani, chefe da DRCC.


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