Nos relatos, as alunas da rede de colégios Projeção dizem que os crimes eram cometidos por, pelo menos, três docentes do ensino médio. Uma ex-estudante comenta, inclusive, que os assédios ocorriam há 11 anos.
Confira as postagens feitas no microblog:
Em uma das publicações, a estudante afirma que os educadores realizavam, constantemente, comentários sexuais em sala de aula.
“Vi meus professores falando absurdos em sala, retóricas totalmente misóginas, objetificando mulheres na frente da sala toda. Era muito pesado, vi professores sexualizando meninas menores de idade”, denuncia.
Outra aluna conta que um dos professores suspeitos de assédio havia, inclusive, convencido a mãe dela a trocá-la de unidade após ele assumir o posto de coordenador da franquia.
“Sempre se mostrou simpático, legal e solícito. Começou a ter contato com minha mãe, ficaram amigos e ele convenceu ela a me mudar de unidade porque [eu] teria atenção redobrada”, diz.
A transferência, contudo, seria apenas um pretexto para se aproximar da garota: “Me chamava na sala dele, dava mimos [sic], me elogiava”.
Outro aluno chegou a comentar ter presenciado a própria irmã sendo vítima de assédio. “Ele sempre fez isso, ele falava coisas da minha irmã, de quase todas as minhas amigas”, escreveu o estudante.
Após a repercussão negativa, a direção do Colégio Projeção decidiu demitir os docentes alvos das denúncias. Segundo a instituição de ensino, foi aberto um processo administrativo interno para apurar o ocorrido. A unidade particular afirma que irá encaminhar o conteúdo das mensagens às autoridades policiais e ao Conselho Tutelar.
“Não transigimos com práticas que desrespeitam a dignidade das pessoas. Só existe um remédio para coibir atos que afrontam as mais básicas noções de respeito ao outro: o máximo rigor”, defendeu o colégio, em nota.
Por fim, o Projeção afirma que o episódio denunciado pelas estudantes levou a rede de escolas a ampliar as políticas de conscientização sobre o tema. “Tornamos pública nossa solidariedade às alunas e famílias que denunciaram o ocorrido. Sua indignação é a nossa indignação”, disse a rede