Mais apoio para o setor produtivo do Distrito Federal. Esse é o intuito do governo do Distrito Federal com a criação de uma nova secretaria, a de Empreendedorismo, conforme anunciado, na segunda-feira (11), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
“A nova secretaria vai cuidar do micro e do médio empreendedor, além daqueles que fazem parte do programa Desenvolve-DF [antigo Pró-DF], ajudando essas empresas a se recuperar”, declarou o governador Ibaneis Rocha, em entrevista à Rádio Atividade. “A SDE vai continuar, e o secretário Ruy [Coutinho] vai continuar na busca de grandes empresas, grandes financiamentos nacionais e internacionais. O que acontece é que vamos atender os dois lados com mais atenção”, reforçou Ibaneis.
A atual subsecretária de Programas e Incentivos Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Fabiana Di Lúcia, assumirá a nova secretaria. A meta, relata ela, é criar um canal de atuação entre os comércios e empresas que prestam serviços no DF nesse tempo de crise sanitária. “O objetivo é o de focar mais no setor produtivo, criar um diálogo mais intenso com a área, no sentindo de atenuar e combater os impactos nesses tempos de coronavírus”, comenta.
A economia da cidade gira em torno dos comércios e empresas de serviços – a exemplo das que terceirizam mãos de obras nas áreas de limpeza, vigilância e computadores –, que representam 94,3% do Produto Interno Bruto local, segundo dados da Codeplan. A indústria do DF representa 3,9% do PIB, com mais de R$ 9 bilhões.
“A criação dessa pasta é uma promessa de campanha que o governador fez, uma demanda antiga que vai ser bom para os micros e médios empresários”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho. “Eu vou ficar com o foguete, e a Secretaria de Empreendorismo, com o alfinete”, brincou o secretário, pegando carona num comentário do governador.
Infraestrutura
Ibaneis Rocha também falou sobre a geração de empregos por meio da construção civil, citando, por exemplo, a construção do túnel que fará a ligação entre Taguatinga e as cidades de Ceilândia, Samambaia e Sol Nascente, uma obra estimada em R$ 250 milhões. “Tenho a convicção de que só vamos sair, efetivamente, dessa crise, com obras de infraestrutura, com muita construção civil”, ressaltou. “Temos que apelar muito para esse setor para empregar aquelas pessoas carentes”.