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Prossegue o revezamento entre as duas cabeças da sucuri para derrubar o governo Bolsonaro. A bola já esteve com o Congresso, quando o morcego chileno tentou dar um passo ousado e cogitar avançar com a PEC 37/219, segundo a qual em nenhuma hipótese o vice-presidente da República assumirá a Presidência em definitivo.
Mais recentemente, foi a vez do STF, no episódio em que o ministro Celso de Mello levantou o sigilo do vídeo de uma reunião ministerial classificada como secreta, apesar do parecer contrário da PGR, o que, segundo alguns juristas, seria um crime enquadrado nas leis de abuso de autoridade e de responsabilidade.
De quebra, acolheu o pedido do PT para confiscar o celular do Presidente; no entanto, percebendo a gravidade e as consequências do erro cometido, resolveu arquivar.
A bola ainda continua com o STF, desta vez com o ministro Barroso, disfarçado de TSE, para onde foi acompanhado de quem? De Alexandre de Moraes.
Assumiu no dia 25 de maio e imediatamente incluiu na pauta da sessão do próximo dia 9 o julgamento de Ações de Investigação Judicial Eleitoral que apontam suposto abuso eleitoral pela chapa Bolsonaro-Mourão.
A história demonstra que existe no Brasil uma maldição que se abate sobre os Presidentes da República pois, dos 38 brasileiros que vestiram a faixa presidencial, apenas treze completaram o mandato, quinze tiveram mandato interrompido e dez exerceram apenas um mandato-tampão.
Dentre aquelas interrupções houve sete por impeachment (Washington Luís, Júlio Prestes, Getúlio Vargas, Carlos Luz, João Goulart, Fernando Collor e Dilma Rousseff). As outras foram por morte, renúncia, doença ou golpe.
O desafio do Presidente Bolsonaro passa por vencer esses 5 obstáculos.
O desespero dos inimigos, causado pela inanição monetária, é tão grande que, em menos de dois anos, já tentaram e seguem tentando aplicar ao mito todas essas modalidades para afastá-lo do comando da Nação.
A tentativa de morte, fracassada, ocorreu antes mesmo da sua vitória nas eleições, em Juiz de Fora.
Após a posse, passaram a boicotar de todas as formas o seu mandato e a atacar covardemente sua família: os filhos, a esposa e sua avó, a mãe, tudo isso na esperança de levá-lo ao desespero e finalmente à renúncia. Esqueceram que o Capitão é guerreiro e patriota.
Veio a doença. Não para ele, mas para o Brasil e o mundo. Usaram a catástrofe da pandemia para tentar afastá-lo sob o argumento de que ele, contaminado, cometia crime ao abraçar o povo.
A Suprema Casa da Mãe Joana invadiu, injustificadamente, a privacidade do Presidente e determinou a entrega dos resultados do exame do COVID 19, para atender um pedido de um dos tentáculos da mídia desmamada, o jornal Estado de São Paulo. Para a frustração das hienas, todos os testes deram negativo.
Veio, então, um festival de pedidos de impeachment das mais variadas fontes: partidos derrotados, órgãos desaparelhados, todos na certeza de que a sucuri irá agilizar o processo, porque se forem utilizados os mesmos parâmetros que usam para os impeachments dos ministros do STF, certamente Bolsonaro já terá completado o segundo mandato.
As razões apresentadas são gravíssimas: falar palavrão em público, tomar cafezinho na esquina, cortar cabelo durante o expediente, tudo, menos corrupção.
Ao conhecer os objetos das ações, os mais letrados juridicamente chegaram à conclusão de que por esse caminho vai ser difícil, devido a um simples obstáculo: o povo. Além do mais seria meia solução: e o Mourão? Melhor não arriscar.
Partiram para a última e desesperada alternativa: o golpe, através da cassação da chapa vencedora, acusada de ter ganho as eleições com a ajuda das redes sociais, uma nova e democrática forma de comunicação de massas. Isso não pode, mas o suborno com verba pública da mídia tradicional pode.
Pelo menos, já existe o voto do relator pela improcedência da Ação de Investigação da Justiça Eleitoral, ajuizada através da coligação Rede/PV/Psol/PCB, por Marina Silva e Guilherme Boulos, na qual alegam que, durante a campanha, um grupo de hackers atacou o grupo virtual “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, e modificou para “Mulheres COM Bolsonaro #17”e passou a compartilhar mensagens de apoio aos então candidato. Vamos combinar, isso é ridículo.
Em 2017, a chapa Dilma-Temer foi julgada no TSE sob a acusação de abuso de poder político e econômico, por receber doações irregulares por meio de caixa dois e por doações oficiais com dinheiro de propina do esquema de corrupção da Petrobras.
No parecer final, o vice-procurador-geral eleitoral afirmou que a campanha da chapa Dilma–Temer recebera cento e doze milhões de reais irregulares.
O presidente do TSE respondia pelo nome de Gilmar Mendes e votou contra a cassação. O placar da votação foi 4X3 a contra a cassação.
Aparentemente isso é irrelevante, comparado às fofocas nas redes sociais.
A razão de o presidente estar imune a todos esses ataques deve-se, provavelmente, mais do que ao seu nome Messias, ao lema que escolheu e persegue com obstinação para conduzir seu destino na presidência:
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS