Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ela era a motorista do Pálio branco no qual Renan estava no banco de passageiro.
O ativista de 57 anos, ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, Família e Direitos humanos, é suspeito de soltar fogos de artifício no Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçar o governador Ibaneis Rocha (MDB), entre outras autoridades, em vídeos que circularam no WhatsApp, após a retirada de acampamentos a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), da Esplanada dos Ministérios.
Durante a ação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), a motorista arrancou com o carro, entrou na contramão e arrastou um policial por alguns metros, segundo consta na ocorrência.
Quando a servidora parou o carro, os policiais conseguiram retirar Sena do veículo e conduzi-lo à delegacia. A motorista, no entanto, começou a seguir a viatura, mesmo com todos os avisos de que se tratava da Polícia Civil.
Durante o trajeto, a condutora expôs outros condutores ao risco e entrou na contramão por diversas vezes. Já no complexo da PCDF, ao lado do Parque da Cidade, a mulher, não identificada na ocorrência, acelerou novamente o carro e colidiu na viatura dos policiais.
Segundo a corporação, ela não obedeceu aos comandos e estava exaltada. Resistiu fisicamente à abordagem sendo necessária a utilização de spray de pimenta “por cautela da integridade física dela e dos policiais”.
A motorista foi detida, mas liberada após pagar fiança. Renan acabou liberado após assinar termo de comparecimento à Justiça.
Renan Sena também é acusado de agredir enfermeiras em manifestação na Praça dos Três Poderes, em 1° de maio. Em depoimento, o bolsonarista negou ter feito ameaças ao governador Ibaneis Rocha.
A DRCC fará investigação virtual para desarticular o grupo de Sena. Em outra linha, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito, nesse domingo (14/06), para investigar o lançamento de fogos de artifício em direção ao prédio do STF. O ato foi comandado por um grupo de apoiadores de Bolsonaro, chamado de 300 do Brasil, e ocorreu após a retirada do acampamento dos apoiadores do presidente da Esplanada.
O ataque foi repudiado duramente pelos ministros da Corte.