De acordo com informações policiais, Karina queria se divorciar do engenheiro Wagner Franco, porém, o homem era contrário à decisão. O casal estava junto havia 20 anos e tinha uma filha de 18. Ele era funcionário da multinacional Shell do Brasil e ocupava o cargo de gerente predial responsável por toda a América Latina.
Wagner foi morto em fevereiro de 2019 e estava desaparecido desde o dia 7, após sair do consultório da ex-esposa, na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. O dois seguiam de carro para casa, também no Recreio, quando o veículo foi interceptado.
De acordo com informações da TV Globo, Wagner foi levado por Anderson do Nascimento Marinho, o Thor, que é apontado pela polícia como integrante de uma quadrilha de milicianos que atua no Terreirão. Ele conheceu a dentista após ir ao consultório dela para cobrar taxas de segurança estipuladas pela quadrilha. Os dois teriam iniciado um relacionamento e, a partir daí, ela começou a planejar o assassinato do marido.
Três dias depois do desaparecimento, em uma praia em Rio das Ostras, foi encontrado o corpo de Wagner, com marcas de tiros e o abdômen cortado.
Nesse meio tempo, Karina rompeu o relacionamento com Thor. Segundo as investigações, ele recebeu cerca de R$ 10 mil pela execução de Wagner. Thor também teve a prisão temporária decretada, mas está foragido.
Contra a dentista, já havia um mandado de prisão temporária expedido pela 4ª Vara Criminal da Capital. Karina vai responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.