25/06/2020 às 08h40min - Atualizada em 25/06/2020 às 08h40min

PF: ex-ministro de Lula é alvo de operação contra fraudes na Eletronuclear

A investigação teve como base a delação premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017

Desde as primeiras horas desta quinta-feira (25/06), policiais federais percorrem as ruas do Distrito Federal, São Paulo e do Rio de Janeiro para cumprir 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão no âmbito da Operação Fiat Lux, um desdobramento da operação Lava Jato. O esquema investigado mira responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear.
 

Um dos alvos é Silas Rondeau (MDB), ministro das Minas e Energia entre 2005 e 2007 (no segundo governo Lula). O ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes, filiado ao DEM, também é alvo dos agentes.

A Lava Jato pediu, como parte da ação, o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207 milhões.

A PF constatou irregularidades no processo de licitação de obras da Usina Nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. As investigações mostram a existência de um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3.

O esquema é semelhante ao que ocorreu na Petrobras, em que 16 empreiteiras rivalizavam entre si e dividiam os contratos da estatal. Esse agrupamento ficou conhecido como “Clube Vip”.

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro expediu os 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária. No Rio, a operação ocorre na capital, em Niterói e Petrópolis.

Os novos alvos não foram abrangidos pelas operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação, todas deflagradas para a execução de mandados em desfavor dos personagens envolvidos na organização criminosa que sitiou a Eletronuclear.

A investigação teve como base a colaboração premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017, por ordem da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »