A finalização do inquérito dependia dos laudos de autópsia psicológica, elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), e o da reconstituição. A Justiça analisa se o processo será posto em sigilo e, até a decisão, as autoridades não irão divulgar se Odailton foi vitima de homicídio ou se cometeu suicídio.
Um magistrado do Tribunal do Júri deverá analisar o caso nos próximos dias e decidir se o processo terá o segredo de justiça decretado. Durante as apurações, a conclusão do laudo de reconstituição pelo Instituto de Criminalística (IC) permitiria que a PCDF descartasse linhas de investigação e, assim, concluísse a apuração do crime. Entre as hipóteses levantadas, estavam envenenamento (homicídio) e suicídio.
O caso ocorreu em janeiro deste ano e a reconstituição foi realizada em 15 de fevereiro. Desde que as investigações começaram, investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) ouviu mais de 30 pessoas, entre parentes, testemunhas e funcionários da escola pública.
De dentro da escola, onde participaria de reunião, o professor Odailton enviou áudios angustiantes a familiares e colegas, pedindo socorro e detalhando seu estado de saúde.
O docente chegou a dizer nas gravações de WhatsApp que desconfiava de alguma substância estranha em sua bebida. Contou ainda ter ingerido um suco de uva oferecido por uma colega da escola, mas a informação nunca foi confirmada pela PCDF.
Confira o áudio:
Na época, a direção do CEF 410 Norte afirmou, em nota, que nenhum funcionário do colégio ofereceu qualquer “substância líquida” a Charles, como Odailton era tratado. “A única substância líquida que o professor Charles ingeriu no CEF 410 Norte foi água, o que o fez por vontade livre, colhendo-a na sala dos professores diante de outras pessoas”, destacou a direção do colégio.