26/06/2020 às 06h37min - Atualizada em 26/06/2020 às 06h37min

PCDF conclui inquérito de professor envenenado, mas não revela se foi suicídio ou homicídio

Até que Justiça decida se colocará processo sobre segredo de justiça, autoridades não revelam se Odailton foi morto ou se cometeu suicídio

A Polícia do Distrito Federal concluiu o inquérito que apurou as circunstâncias da morte do professor Odailton Charles de Albuquerque Silva (foto em destaque), 50 anos, em 4 de fevereiro deste ano. O docente trabalhava no Centro de Ensino Fundamental (CEF) da 410 Norte e morreu no Hospital de Base, cinco dias após ingerir suco de uva com “chumbinho”.
 

A finalização do inquérito dependia dos laudos de autópsia psicológica, elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), e o da reconstituição. A Justiça analisa se o processo será posto em sigilo e, até a decisão, as autoridades não irão divulgar se Odailton foi vitima de homicídio ou se cometeu suicídio.

Um magistrado do Tribunal do Júri deverá analisar o caso nos próximos dias e decidir se o processo terá o segredo de justiça decretado. Durante as apurações, a conclusão do laudo de reconstituição pelo Instituto de Criminalística (IC) permitiria que a PCDF descartasse linhas de investigação e, assim, concluísse a apuração do crime. Entre as hipóteses levantadas, estavam envenenamento (homicídio) e suicídio.
 

O caso ocorreu em janeiro deste ano e a reconstituição foi realizada em 15 de fevereiro. Desde que as investigações começaram, investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) ouviu mais de 30 pessoas, entre parentes, testemunhas e funcionários da escola pública.

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Relembre o caso

De dentro da escola, onde participaria de reunião, o professor Odailton enviou áudios angustiantes a familiares e colegas, pedindo socorro e detalhando seu estado de saúde.

O docente chegou a dizer nas gravações de WhatsApp que desconfiava de alguma substância estranha em sua bebida. Contou ainda ter ingerido um suco de uva oferecido por uma colega da escola, mas a informação nunca foi confirmada pela PCDF.

Confira o áudio:

Na época, a direção do CEF 410 Norte afirmou, em nota, que nenhum funcionário do colégio ofereceu qualquer “substância líquida” a Charles, como Odailton era tratado. “A única substância líquida que o professor Charles ingeriu no CEF 410 Norte foi água, o que o fez por vontade livre, colhendo-a na sala dos professores diante de outras pessoas”, destacou a direção do colégio.


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