A Associação dos Pais de Alunos do DF (Aspa-DF) também abriu consulta pública para saber a opinião dos responsáveis pelos estudantes sobre a retomada das unidades educacionais.
O Governo do DF (GDF) publicou decreto na quinta-feira (2/7) determinando regras para o regresso de diversas atividades durante a pandemia do novo coronavírus, incluindo o retorno das aulas presenciais.
O Colégio Leonardo da Vinci divulgou comunicado aos pais. Segundo o documento, de 9 a 14 de julho será feita pesquisa entre os responsáveis pelos estudantes matriculados a fim de mapear quais desejam continuar no modelo remoto e quantos pretendem enviar os filhos para a escola.
A primeira semana de aula, entre 3 e 7 de agosto, será 100% remota. As atividades presenciais no Leonardo voltarão gradativamente a partir de 10 de agosto. A pesquisa vai determinar a escala de retorno entre séries.
Segundo a diretora da Regional Centro-Oeste do Sigma, Natália Rocha Fonseca e Silva, a instituição elaborou protocolos de volta às aulas com a supervisão de um infectologista e levantou modelos adotados em outras escolas pelo mundo.
“Estamos conversando com as famílias. E faremos a preservação necessária e obrigatória das pessoas no grupo de risco”, afirmou Natália.
As aulas presenciais não serão obrigatórias. Nesse sentido, as famílias poderão permanecer no ensino remoto. O colégio ainda não definiu o cronograma de retorno das atividades, mas vai adotar o rodízio de alunos.
As turmas serão divididas em dois grupos. Enquanto um assistirá a aulas presenciais, o outro verá remotamente, em sincronia. Alternando as posições semanalmente. A rede pública do DF adotou tática semelhante.
O Sigma vai, inclusive, monitorar o desempenho dos alunos durante as classes remotas. A proposta é saber se houve aprendizado ou não.
Além disso, a escola decidiu que a volta das turmas presenciais será gradual. Carteiras em sala de aula serão distanciadas e as atividades esportivas respeitarão o distanciamento.
Na sexta-feira (3/7), a direção do La Salle fez reunião para traçar o planejamento do retorno das atividades presenciais. O colégio fará pesquisa para escutar a opinião dos pais.
Segundo o diretor do centro de ensino, Eucledes Casagrande, o La Salle já tem em mãos protocolos de segurança, mas só vai definir o calendário de regresso após a consulta. Novamente, os pais terão o direito de escolha entre aulas presenciais e remotas respeitado.
“Caminhos muito fortes para o modelo híbrido. Pensamos, no primeiro momento, na liberdade de a família optar ou não pelo retorno. Quem está em grupos de risco ficará, automaticamente, a distância. Os demais poderão voltar quando se sentirem seguros”, assinalou.
O colégio estima que apenas de 30% a 50% dos pais vão optar pela regresso presencial. Para manter a qualidade das aulas a distância, o La Salle garante ter investido pesado em tecnologia e planeja fazer o acompanhamento individualizado dos estudantes.
O centro educacional também avalia escalonar os intervalos para evitar a aglomeração dos estudantes. Protocolos de segurança também serão adotados nas cantinas e nas práticas esportivas.
O Galois informou já ter protocolos prontos para a volta das aulas presenciais. Contudo, a instituição aguarda o posicionamento do Conselho de Educação do DF sobre o decreto, antes de comentar o assunto.
O Metrópoles entrou em contato com o Marista, mas o colégio não quis se pronunciar. A reportagem não conseguiu contato com o escola Olimpo.
Em vídeo divulgado na sexta-feira (3/7), o presidente do Sindepe, Álvaro Domingues, enfatizou que os pais terão o direito de escolha em manter os filhos em casa com aulas remotas respeitado.
Em nota, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do DF (Sindepes-DF) informou que o setor “vive uma profunda transformação e o retorno tem de ser gradual”.
Como consequência da pandemia, da evasão e inadimplência de alunos, as instituições poderão fazer cortes de professores e reformular matrículas curriculares, horários e cargas horárias.