06/07/2020 às 07h23min - Atualizada em 06/07/2020 às 07h23min

Padre chama Bolsonaro de “bandido”: “Quem votou nele devia se confessar”

Durante missa, o líder religioso citou o crescimento no número de mortos por coronavírus e disse que o presidente "não presta"

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu duras críticas do padre Edson Adélio Tagliaferro durante missa na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, em Artur Nogueira, a 150 km de São Paulo. O líder religioso afirmou que o chefe do Executivo “não presta” e que seus eleitores deveriam se confessar pelo pecado de terem votado nele.
 

“Um país que já chegou a 60 mil mortos pela pandemia, e não temos um ministro da Saúde. Vocês querem que eu fale o quê? Aquilo que todos falam, ‘ah, ele não trabalha porque não deixam ele trabalhar’. Não! É porque ele não presta. Bolsonaro não vale nada! E quem votou nele devia se confessar, pedir perdão a Deus pelo pecado que cometeu, porque elegeu um bandido”, disse.

As declarações foram feitas em missa realizada na última quinta-feira (2/7), na qual o padre rezou pelos mortos, incluindo as vítimas da Covid-19

Na ocasião, ele afirmou que Jesus morreu crucificado por “dizer a verdade”, antes de reclamar do governo Bolsonaro pela má gestão da pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo alertado por fiéis e até pela própria mãe, Tagliaferro não economizou no tom crítico ao presidente.

“Se a gente está vendo, por exemplo, que o governo não presta, o padre não pode falar que o governo não presta porque o povo não quer ouvir isso?”, questionou o pároco, chamando Bolsonaro de “bandido” e seus eleitores de “pecadores”.


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