Um homem foi preso em flagrante, nesta quarta-feira (29/7), acusado de manter um jacaré em cativeiro irregular no Novo Gama (GO), Entorno do Distrito Federal. A prisão é de autoria da Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Segundo os investigadores, o suspeito assinou um Termo de Compromisso de Ocorrência (TCO) e foi liberado. O animal, por sua vez, está sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).
Ainda no Entorno, a Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu, após denúncia anônima, mais seis animais silvestres, desta vez no Entorno do DF.
A ação, porém, não tem ligação nenhuma com a Operação Snake, deflagrada após o jovem ser picado pela Naja, em 7 de julho.
Foram apreendidos dois Geckos – espécie lagartixa exótica, ilegal no Brasil –, dois jabutis silvestres, em situação ilegal, um lagarto tipo pogona, também sem documentação, e uma jiboia. A serpente é o único animal que era regularizado junto aos órgãos competentes.
O homem, que mantinha os seis animais em casa, foi autuado e liberado posteriormente. Apesar de a apreensão ter sido efetuada pela PCDF, a investigação será conduzida pela Polícia Civil de Goiás.
Fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) estiveram na 14ª Delegacia de Polícia (Gama) e buscaram os animais que não tinham licença para serem criados em cativeiro.
O número de apreensões e entregas voluntárias de animais silvestres no DF aumentou consideravelmente após a apreensão da Naja kaothia que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Krambeck. No dia seguinte, 16 serpentes foram encontras em uma zona rural de Planaltina. Essas, sim, têm ligação com o caso, que levou a PCDF deflagrar a Operação Snake. Nesta quarta, na quarta fase da ação, Krambeck foi preso, suspeito de tráfico de animais.
Pedro Krambeck chegou à delegacia dentro da viatura da PCDF, que deteve o rapaz em casa, no Guará, onde mora com a mãe, Rose Meire, e padrasto, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Clovis Eduardo Condi. Eles também são investigados na mesma operação.
Antes de ser picado pela Naja kaothia que criava, em 7 de julho, Pedro Krambeck mantinha uma vida ativa nas redes sociais. Nos perfis, o jovem costumava ostentar animais ilegais com certa naturalidade. Após se tornar alvo de investigação policial, as contas do rapaz foram apagadas, mas a polícia teve acesso às imagens e elas constam no processo.
Além de Pedro, estariam envolvidos outros estudantes de medicina veterinária e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).