04/08/2020 às 08h50min - Atualizada em 04/08/2020 às 08h50min

Jovem que queria explodir bomba no DF é condenado a 3 anos de prisão

Investigação apontou que estudante colheu detalhes sobre as bombas usadas no atentado à Maratona de Boston (EUA) e tentou reproduzir no SCS

O brasiliense Henrique Almeida Soares, 19 anos, foi condenado por planejar um ataque evitado pela Polícia Civil do Distrito Federal em 29 de fevereiro deste ano. Ele queria detonar explosivos em um show de funk no Setor Comercial Sul (SCS), deixando o maior número possível de mortos. Nesta segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) proferiu sentença o condenado a 3 anos e 5 meses de prisão, inicialmente em regime fechado.

A apuração foi feita pela 
Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). A investigação apontou que o estudante colheu detalhes sobre as bombas usadas no atentado à Maratona de Boston (EUA), detonadas em 15 de abril de 2013. Na ocasião, os explosivos foram acondicionados em panelas de pressão e explodiram, deixando três mortos e 264 feridos.
 

As suspeitas dos policiais se respaldaram nas substâncias encontradas na residência onde Henrique morava com o avô, no Lago Norte. Cinco quilos de nitrato de amônio somados a pregos e outras substâncias colocados em uma panela de pressão serviriam para formar uma bomba com alto poder destrutivo, chamada “Anfo” – acrônimo do inglês Ammonium Nitrate/Fuel Oil.

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Artefatos semelhantes

Trata-se de um explosivo produzido pela mistura de hidrocarbonetos líquidos fáceis de encontrar no comércio e em postos de combustíveis. Dois artefatos semelhantes foram usados no atentado à Maratona de Boston. Eles estavam em panelas de pressão repletas de pregos e outros pedaços de metal. Com a detonação, esses materiais tornam-se projéteis, como balas de arma de fogo, lançados em várias direções.

Na época da prisão, na residência do jovem, os investigadores encontraram bombas e livros com incitação ao ódio, além de máscaras e dinheiro em espécie (foto em destaque). Ele passou por audiência de custódia e ficou preso preventivamente. A motivação do ataque ainda é um mistério, mas o rapaz já havia detonado pelo menos um artefato no passado, quando perdeu a falange de um dedo.


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