O GDF concluiu o documento técnico e econômico que aborda as principais questões de uso e ocupação do solo daquele que será o último bairro dentro da área do Plano Piloto, próximo da antiga rodoferroviária. E o plano será entregue ao Exército na próxima quarta-feira (12/8).
O master plan, como é chamado o documento, diz respeito ao parcelamento urbano do imóvel denominado Pátio Ferroviário de Brasília (PFB). Na cerimônia, marcada para as 10h, no salão de honra do gabinete do comandante do Exército.
O terreno pertence à força militar desde 2006 e, em maio deste ano, um planejamento estratégico foi apresentado à União, com o intuito de promover o desenvolvimento da área e a desestatização.
O novo bairro ficará na extremidade oeste do Eixo Monumental, delimitado a sul pela Via Estrutural (EPCL), a oeste pelo 1º Regimento
de Cavalaria de Guardas (1º RCG), a norte pela Estrada Parque Armazenamento e Abastecimento (EPAA) e a leste pela Estrada Parque
Indústria e Abastecimento (EPIA) e pelo Setor de Armazenamento e Abastecimento Norte (SAAN).
O Plano de Uso e Ocupação (Luos) do novo bairro foi elaborado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), com a cooperação do Exército, obedecendo aos parâmetros previsto na Luos e no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do DF.
“Por determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB), em conformidade com a cooperação firmada com o Exército Brasileiro e a SPU, a Seduh está trabalhando na elaboração do Plano de Uso e Ocupação da área”, afirmou o secretário de Habitação do DF, Mateus Oliveira, em reportagem do Metrópoles sobre o assunto.
O documento elaborado pela pasta estabelecerá as diretrizes urbanísticas, como, por exemplo, quais as áreas e altura máxima que as edificações poderão ter, além da delimitação de seu uso.
Para fazer o empreendimento sair do papel, os parceiros precisam dirimir uma questão. “Para implantação de um bairro moderno e sustentável naquela área é preciso extinguir a atividade de operação de carga e descarga de minério [carvão de coque, bauxita e areia] que ainda está sendo executada no ramal ferroviário”, ressaltou o Exército ao Metrópoles.
Esse tipo de operação é considerada potencialmente poluidora, podendo causar degradação ambiental, portanto, incompatível com uma área residencial.
A proposta para a ocupação da área foi desenvolvida em cooperação entre o Exército Brasileiro, o Ministério da Economia e o GDF. O objetivo é construir um bairro com conceitos inovadores de sustentabilidade e de cidades inteligentes. O modal ferroviário, por exemplo, será utilizado, unicamente, para o transporte de passageiros ligando as cidades próximas e servindo de integração com outros meios de transporte.