O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou os empresários Alexandre Georges e Basile Pantazis por organização criminosa, abuso de poder econômico, falsidade ideológica, irregularidade na inexigibilidade de licitação e vantagm na execução de contrato.
Os irmãos foram alvo da Operação Taxa Alta, que apura irregularidades no credenciamento de empresas para o registro digital de financiamento de veículos. De acordo com os investigadores, servidores do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) atuaram para beneficiar a empresa brasiliense Infosolo Informática.
As fraudes teriam dificultado o acesso de outras empresas ao edital de seleção para a oferta do serviço aos consumidores paranaenses, beneficiando, assim, a família dos gregos, como os empresários são conhecidos em Brasília. Sem concorrência, a Infosolo teria cobrado taxas mais altas do que as praticadas em outros estados, arrecadando, irregularmente, de acordo com o MP, quase R$ 80 milhões, entre novembro de 2018 e junho de 2019.
Além dos irmãos, outras nove pessoas foram denunciadas – todas pelos mesmos crimes. Na lista de investigados há cinco servidores públicos e seis empresários, contando os dois integrantes da família Pantazis.
A sede da Infosolo fica em Brasília, na região de Bernardo Sayão, próximo ao Núcleo Bandeirante. O endereço foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão do Ministério Público do Paraná durante as investigações. Também foram cumpridos mandados em outros endereços no Distrito Federal, entre eles, uma casa no Guará.
Por meio de nota, a Infosolo disse que “sempre pautou sua atuação pela transparência e rígidos princípios de ética e correção”. “Todos os esclarecimentos, bem como a disponibilização de informações e documentos ao Ministério Público, foram feitos com absoluta tranquilidade diante da plena convicção de que nenhum ato ilegal foi realizado no processo de credenciamento junto ao Detran-PR”, diz trecho do comunicado.
“A Infosolo reafirma sua confiança no Poder Judiciário e nas instituições”, concluiu.
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