22/08/2020 às 12h33min - Atualizada em 22/08/2020 às 12h33min

Anão que viralizou em vídeo com Bolsonaro é Zé Miúdo, vereador em Sergipe

Ao contrário do que circulou pela internet, Jair Bolsonaro não o confundiu com uma criança ao pegá-lo no colo

Vereador da pequena Itabaianinha, cidade na região do Vale do Rio Real, no interior do Sergipe, José Eraldo de Jesus Santana ganhou fama após aparecer nos braços do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em vídeo gravado na última segunda-feira (18/8), durante passagem do chefe do Executivo por Aracaju.

Zé Eraldo não se importa — até prefere — ser chamado de Zé Miúdo, nome pelo qual toda Itabaianinha o conhece e o que foi usado por ele na campanha para a Câmara dos Vereadores de 2016, eleição em que garantiu 528 votos, ficando em 11º na corrida pelas 13 vagas da câmara municipal. “Não tem problema nenhum [me chamar de Zé Miúdo Anão], até gosto. Se falar Zé Eraldo, ninguém sabe quem é”, contou o vereador em entrevista exclusiva ao Metrópoles.

Apesar dos 44 anos do político sergipano, muitos internautas apontaram, no vídeo que viralizou, a possibilidade de Bolsonaro tê-lo confundido com uma criança ao pegá-lo no colo. Na realidade o ex-capitão sabia bem quem era a pessoa que levantava nos braços.
 

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Zé Miúdo esteve na Câmara dos Deputados em abril de 2018, num evento que reuniu vereadores de todo o país em Brasília. Naquele dia, ele pediu para o então parlamentar — hoje presidente da República — que tirasse uma foto com ele. Bolsonaro até tentou se abaixar, mas o plenário cheio e a diferença de altura não davam um bom ângulo para a foto, de modo que Bolsonaro preferiu pegá-lo no colo para o registro.
 

“Ele me viu e me reconheceu, tem uma memória boa. Ele lembrou de mim lá de Brasília, me levantou e disse: em Brasília eu botei você no colo, agora eu vou botar você no braço”, lembrou Zé Miúdo da breve conversa com o presidente.

Sobre a grande repercussão e o fato de alguns internautas terem acreditado que Bolsonaro o confundiu com uma criança, o vereador ri. “Eu acho que o povo pensou isso porque tinha gente gritando: ‘Tem mais criança, tem outra criança'”, contou. No vídeo que virou hit, é possível ouvir a voz de uma mulher cobrando o presidente que tirasse foto com as crianças presentes no local.

Antes de se eleger vereador, José trabalhou em hotel fazenda e atuou como vendedor de chinelos e perfumes. “Depois passei pra uma lanchonete, tomei conta, aí fui mexer com cavalo, depois fui de Aracaju pra Itabaianinha com minha mulher pra tomar conta de uma lanchonete”, relembrou.

Perguntado se agora era empresário, Zé Miúdo responde que não, mesmo sendo proprietário de um quiosque de lanches num ponto movimentado da cidade. “Empresário? Não. Sou trabalhador”.

O vereador diz que pretende disputar as eleições deste ano novamente. Filiado ao MDB, ele está no primeiro mandato. “Acho eu estou fazendo um grande trabalho. Se o povo deixar, a tendência é melhorar, se não deixar, eu volto pra casa”, comentou.

Itabaianinha tem pouco mais de 40 mil habitantes e mais de 25 vezes a média nacional de pessoas com nanismo. Estima-se que hajam mais de 100 pessoas com a condição no município, com alturas geralmente abaixo de 1,4 metro, como é o caso de José, com apenas 1,29 m de altura.

Com uma concentração maior de pessoas de baixa estatura, os moradores da cidade costumam tratar com mais naturalidade quem tem nanismo, mas Zé Miúdo já enfrentou episódios de preconceito disfarçados de curiosidade, como quando desconhecidos pedem para tirar foto com ele pelo simples fato de ser anão.

“Ele me viu e me reconheceu, tem uma memória boa. Ele lembrou de mim lá de Brasília, me levantou e disse: em Brasília eu botei você no colo, agora eu vou botar você no braço”, lembrou Zé Miúdo da breve conversa com o presidente.

Sobre a grande repercussão e o fato de alguns internautas terem acreditado que Bolsonaro o confundiu com uma criança, o vereador ri. “Eu acho que o povo pensou isso porque tinha gente gritando: ‘Tem mais criança, tem outra criança'”, contou. No vídeo que virou hit, é possível ouvir a voz de uma mulher cobrando o presidente que tirasse foto com as crianças presentes no local.

Antes de se eleger vereador, José trabalhou em hotel fazenda e atuou como vendedor de chinelos e perfumes. “Depois passei pra uma lanchonete, tomei conta, aí fui mexer com cavalo, depois fui de Aracaju pra Itabaianinha com minha mulher pra tomar conta de uma lanchonete”, relembrou.

Perguntado se agora era empresário, Zé Miúdo responde que não, mesmo sendo proprietário de um quiosque de lanches num ponto movimentado da cidade. “Empresário? Não. Sou trabalhador”.

O vereador diz que pretende disputar as eleições deste ano novamente. Filiado ao MDB, ele está no primeiro mandato. “Acho eu estou fazendo um grande trabalho. Se o povo deixar, a tendência é melhorar, se não deixar, eu volto pra casa”, comentou.

Itabaianinha tem pouco mais de 40 mil habitantes e mais de 25 vezes a média nacional de pessoas com nanismo. Estima-se que hajam mais de 100 pessoas com a condição no município, com alturas geralmente abaixo de 1,4 metro, como é o caso de José, com apenas 1,29 m de altura.

Com uma concentração maior de pessoas de baixa estatura, os moradores da cidade costumam tratar com mais naturalidade quem tem nanismo, mas Zé Miúdo já enfrentou episódios de preconceito disfarçados de curiosidade, como quando desconhecidos pedem para tirar foto com ele pelo simples fato de ser anão.

 


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