Após a operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro que aponta a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) como mandante da morte do marido Anderson Gomes, o PSD prepara a expulsão da parlamentar.
Em nota, o presidente do partido, Gilberto Kassab, afirma que acompanha o caso desde o início das investigações. “A partir dos desdobramentos perante a Justiça, serão adotadas as medidas estatutárias para a expulsão da parlamentar dos seus quadros”, afirma. Leia na íntegra:
“O PSD esclarece que desde o início acompanhou o caso citado e defendeu o andamento e aprofundamentos das investigações. Diante do indiciamento da parlamentar, o corpo jurídico do partido adotará as medidas para a suspensão imediata de sua filiação e, a partir dos desdobramentos perante a Justiça, serão adotadas as medidas estatutárias para a expulsão da parlamentar dos seus quadros.”
Uma operação da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu, na manhã desta segunda-feira (24), seis filhos e uma neta da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). Flordelis é tida como a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros em junho de 2019.
Além dos parentes de Flordelis, um ex-policial militar e a companheira dele também foram presos. São cumpridos ainda seis mandados de busca e apreensão, incluindo no apartamento funcional da deputada em Brasília-DF. Ela não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar.
O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, que atua no caso, conta que a deputada ficou surpresa com a operação. “Ela foi surpreendida com a nossa chegada. Chorou um pouco”, disse, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo. “O importante é que as prisões foram cumpridas e a investigação chegou ao fim hoje.”
O inquérito policial concluiu que o pastor foi morto por questões financeiras. Anderson controlava todo o dinheiro da igreja de Flordelis. A deputada, que, para a polícia, mandou matar o marido, vai responder por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e tentativa de homicídio.