O caso do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio de luxo no dia 2 de junho, em Recife (PE), ganhou mais capítulo. A mãe, o pai e a avó do garoto pediram na Justiça uma indenização por danos materiais e morais, totalizando R$ 987 mil, a Sarí Gaspar Corte Real, primeira-dama de Tamandaré.
A ação foi ajuizada na 3ª Vara Cível da Capital. A mãe do garoto, Mirtes Santana de Souza, afirmou que há três processos na Justiça contra Sari e contra o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB).
De acordo com o G1, ela informou: “Temos o processo criminal, da morte de Miguel; um trabalhista, que está uma questão bem difícil; e o pedido de indenização”.
A avó do menino, Marta Santana, que trabalhava com a filha na casa da família Corte Real, e o pai de Miguel, Paulo Inocêncio, também assinaram o processo.
Rafaela Carrilho, uma das advogadas responsáveis pelo caso, disse que o novo processo, movido no dia 13 de agosto, é por danos morais.
“São três ações distintas. O processo cível, que tramita na Justiça, diz respeito aos danos materiais e danos morais reflexos sofridos pelos pais e avó do menino Miguel. Existe, ainda, a ação penal, após denúncia ofertada pelo Ministério Público com a conclusão das investigações policiais, além da ação no âmbito trabalhista, referente ao vínculo de emprego que deixou de ser formalizado pelo trabalho doméstico da mãe e avó de Miguel na residência do casal Sarí e Sérgio. Elas constam como titulares de cargos comissionados na prefeitura de Tamandaré, sem serem efetivamente funcionárias de lá. Nunca sequer prestaram serviços àquele município”, informou a defesa.
Sarí é a ex-patroa de Mirtes, mãe de Miguel, e alvo da ação porque estava com o garoto pouco antes do acidente. De acordo com as investigações, a primeira-dama deixou o menino sozinho em um elevador do condomínio onde mora. Ele subiu ao novo andar, deixou o elevador, subiu em um parapeito e caiu.
No momento da queda, Mirtes passeava com a cadela da família dos ex-patrões. A primeira-dama foi denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte e espera julgamento em liberdade.