Por onde passa, a Companhia Sagrado Riso é acompanhada por olhares atentos e generosos sorrisos. E não foi diferente, nesta terça-feira (4), quando as palhaças Amendoim (Clarisse César) e Riponga Jhonys (Havilla Borges) visitaram a pediatria do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A dupla transformou, com muita alegria e diversão, a rotina das crianças internadas nos 29 leitos da unidade.
Mesmo com sintomas de virose, Geovanna Jacivara, 7 anos, uma das mais animadas com a presença do grupo, fez questão de registrar em seu celular a apresentação da dupla, que a presenteou com um livro. “Elas são bem divertidas. Gostei muito”, enfatizou.
Com a mesma idade de Geovanna e um largo sorriso no rosto, Catarine Moreno Resende, também aprovou a apresentação. “Achei muito legal, bastante engraçado. Me diverti bastante e ainda ganhei um jogo de memória”, disse a menina, internada por causa de uma crise asmática.
A mãe de Catarine, Cinthia Barbosa, pegou carona na diversão. “O projeto é interessante para todo mundo, porque o hospital acaba sendo monótono. Até as crianças debilitadas levantam para ver as palhaças”, afirmou.
A pediatra do Hran Juliana Mendes explica que proporcionar alegria às crianças contribui para reduzir o estresse no ambiente hospitalar e, até mesmo, para melhorar o estado clínico. “Quando as integrantes da Companhia do Riso chegam, as crianças ficam muito interessadas em assisti-las. Parece que esquecem a internação e se entregam à fantasia. Também sabemos que a atividade do sistema imunológico é modulada por nossas emoções. Então, diminuindo o estresse, otimizamos o seu funcionamento”.
O projeto “Sagrado Riso – A utilização da arte de palhaços na humanização do ambiente hospitalar é subsidiado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. Selecionado por edital, o grupo de sete artistas iniciou as atividades em agosto de 2016. O elenco se reveza nas apresentações. Quarta-feira é dia de visita ao Hospital Regional de Samambaia. Aos sábados é a vez de Ceilândia, enquanto as segundas-feiras são dedicadas ao Hospital da Criança.
“Estamos no mundo para contribuir com o nosso melhor. Acredito que no meu caso é fazer as pessoas sorrirem. Hospital precisa de mais alegria e humanização, disse a palhaça Riponga Jhonys. “Sabemos que há uma troca sincera de amor entre nós e os pacientes”, finalizou Amendoim.