Depois de décadas de festa com o dinheiro público em contratos de terceirização caríssimos e com retorno irrisório em termos de qualidade do atendimento, a Prefeitura do Rio diz que está correndo atrás do prejuízo.
O secretário de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, chamou algumas Organizações Sociais da Saúde para conversar e renegociar os contratos que eram uma verdadeira ‘mãe’ para os empresários do setor. Com essa atitude, o governo alega que já conseguirá baixar os custos da terceirização em R$ 250 milhões. Isso inicialmente.
A notícia é uma prova da grande sacanagem que vitima nos últimos anos os usuários dos serviços municipais e contribuintes. O fato de haver a possibilidade de baixar agora R$ 250 milhões os gastos com parte das OSs mostra o quanto era expressivo o volume de recursos do orçamento que ia para as entidades. Mostra a fragilidade de um modelo de gestão que foi criado apenas para favorecer os interesses dos governos (que não querem realizar concursos e que visam entregar tudo para terceiros) e dos empresários (que enxergam no filão das Oss uma maneira fácil de ganhar lucrar sem enfrentar resistências e fiscalização qualificada).
Se pode baixar os valores dos contratos é porque ele eram abusivos antes também. E na época nada se fez. Pelo contrário. As OSs ganhavam bônus altíssimos apenas por cumprir as metas, ou seja, os deveres já estipulados em contrato! Muita mamata!
O rombo que passou de um mandato para o outro ficará como uma desculpa do governo de Marcelo Crivella para não fazer o que precisa fazer: acabar de vez com a terceirização. O álibi ideal para dizer que não há dinheiro para contratar servidores e empurrar a continuidade do mesmo modelo por vários anos.
Dívidas gigantes
Conforme informou o Jornal O Globo, 0 secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, afirma que só em despesas do ano passado terá que pagar R$ 266 milhões, dos quais R$ 115 milhões às OSs. Ainda há, segundo ele, um déficit de R$ 741,1 milhões para as mesmas despesas. Só para acertar as dívidas com as OSs seria necessário um aporte inicial de R$ 452,1 milhões, ou seja, quase 61% do total das despesas para a manutenção das clínicas da família.
“A situação não é fácil. As OSs têm como reduzir seus custos e, assim, chegar a um preço mais justo para ambas as partes”, explicou o secretário.
O que ninguém explica é como a situação chegou a esse ponto. Terceirização crescente, a valores crescentes, até que a coisa se tornasse insustentável. Quem está lucrando com isso?
Depois de décadas de festa com o dinheiro público em contratos de terceirização caríssimos e com retorno irrisório em termos de qualidade do atendimento, a Prefeitura do Rio diz que está correndo atrás do prejuízo.
O secretário de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, chamou algumas Organizações Sociais da Saúde para conversar e renegociar os contratos que eram uma verdadeira ‘mãe’ para os empresários do setor. Com essa atitude, o governo alega que já conseguirá baixar os custos da terceirização em R$ 250 milhões. Isso inicialmente.
A notícia é uma prova da grande sacanagem que vitima nos últimos anos os usuários dos serviços municipais e contribuintes. O fato de haver a possibilidade de baixar agora R$ 250 milhões os gastos com parte das OSs mostra o quanto era expressivo o volume de recursos do orçamento que ia para as entidades. Mostra a fragilidade de um modelo de gestão que foi criado apenas para favorecer os interesses dos governos (que não querem realizar concursos e que visam entregar tudo para terceiros) e dos empresários (que enxergam no filão das Oss uma maneira fácil de ganhar lucrar sem enfrentar resistências e fiscalização qualificada).
Se pode baixar os valores dos contratos é porque ele eram abusivos antes também. E na época nada se fez. Pelo contrário. As OSs ganhavam bônus altíssimos apenas por cumprir as metas, ou seja, os deveres já estipulados em contrato! Muita mamata!
O rombo que passou de um mandato para o outro ficará como uma desculpa do governo de Marcelo Crivella para não fazer o que precisa fazer: acabar de vez com a terceirização. O álibi ideal para dizer que não há dinheiro para contratar servidores e empurrar a continuidade do mesmo modelo por vários anos.
Dívidas gigantes
Conforme informou o Jornal O Globo, 0 secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, afirma que só em despesas do ano passado terá que pagar R$ 266 milhões, dos quais R$ 115 milhões às OSs. Ainda há, segundo ele, um déficit de R$ 741,1 milhões para as mesmas despesas. Só para acertar as dívidas com as OSs seria necessário um aporte inicial de R$ 452,1 milhões, ou seja, quase 61% do total das despesas para a manutenção das clínicas da família.
“A situação não é fácil. As OSs têm como reduzir seus custos e, assim, chegar a um preço mais justo para ambas as partes”, explicou o secretário.
O que ninguém explica é como a situação chegou a esse ponto. Terceirização crescente, a valores crescentes, até que a coisa se tornasse insustentável. Quem está lucrando com isso?