O deputado André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (28/8), na operação que culminou no afastamento do governador fluminense, Wilson Witzel (PSC).
Os agentes cumpriram as buscas no prédio novo da Alerj, no centro do Rio. Os policiais arrecadaram provas no gabinete da presidência.
A medida ocorreu a partir de investigações da Procuradoria Geral da República (PGR), em parceria com a PF, contra agentes públicos, políticos e empresários envolvidos, segundo a acusação, em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do grupo que seria liderado pelo governador.
Entre os alvos de prisão da operação estão o presidente do PSC, Pastor Everaldo, já preso, o advogado Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Witzel, e o médico e ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto.
De acordo com a delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, o presidente da Alerj teria aliciado deputados por meio de distribuição de dinheiro público desviado e indicações para vagas de trabalho em organizações sociais.
Nas palavras de Edmar Santos, já em 2019, por iniciativa de Ceciliano, pouco mais de R$ 100 milhões foram “doados” pela Alerj.