Uma mulher apontada como autora do assassinato de Flavia Godinho Mafra, 24 anos, foi presa nesta sexta-feira (28/8). De acordo com a polícia, a suspeita, que era amiga da vítima, estava planejado o crime pelo menos desde junho. O caso aconteceu na cidade de Canelinha (SC). As informações são do portal NSC Total.
A mulher, que sofreu um aborto no começo do ano, teria admitido em depoimento que planejou o caso para ficar com a criança de Flávia, que estava grávida.
Até o momento, não é possível saber se o bebê foi retirado com a gestante viva ou se ela já estava morta. De acordo com a autora do crime, um tijolo foi usado para matar a amiga. A mulher teria atraído Flávia para o local com a justificativa de um chá de bebê surpresa.
Em uma coletiva realizada também nesta sexta, o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva e o Tenente-Coronel Daniel Nunes, comandante do 12º batalhão da PM, afirmaram que a suspeita e o companheiro serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e lesão corporal gravíssima – contra o bebê, que está no Hospital Infantil de Florianópolis, mas passa bem.
Nessa quinta-feira (27/8), a PM foi acionada pelo hospital de Canelinha para um suposto caso de maus tratos contra um bebê recém-nascido. A criança tinha cortes pelo corpo quando foi levada pela mulher até a unidade de saúde.
De acordo com as autoridades, a suspeita do crime disse que teria feito o parto na rua, com ajuda de populares, e depois foi ao hospital.
Sabendo do caso da gestante desaparecida, os policiais seguiram acompanhando o caso até esta sexta-feira, quando o corpo de Flávia foi encontrado, pelo marido e pela mãe dela, em uma cerâmica abandonada no bairro Galera.
A suspeita relatou ainda que teve uma gravidez em outubro do ano passado e, em janeiro, perdeu o bebê. Ela não avisou ninguém sobre o aborto e, em meados de junho, decidiu que iria cometer o crime para ficar com a criança.
No relato, a mulher diz que escolheu Flávia por serem amigas desde os tempos da escola e terem a gravidez em um período parecido. Na quinta à tarde ela chegou a enviar mensagens a uma servidora da saúde em Canelinha falando sobre o suposto parto.
De acordo com os agentes, a mulher relatou que o companheiro não sabia do caso e não participou do crime. No entanto, ele também foi preso e a participação dele deve ser investigada.
“Pelo o que temos conhecimento, parece plausível que ele tivesse ciência da situação” disse o delegado.
A mulher e o companheiro ficarão presos na unidade prisional de Tijucas. O bebê será acompanhado pelo Conselho Tutelar.