Governadores em primeiro mandato que sonhavam usar seus governos como trampolim para chegar ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022, começam a reavaliar essa fantasia. Por não desejarem entrar em aventura suicida, vão tentar a reeleição. É o caso de João Doria.
A exemplo do tucano que mantém seu ninho em São Paulo, outros governantes também assustaram-se com a performance de Jair Bolsonaro em todo o País, respeitados os números apresentados pelo instituto Paraná Pesquisas, em levantamento que acaba de sair do forno.
Segundo a pesquisa, que circula em redes de aplicativos de grupos bolsonaristas, o apoio ao presidente é retumbante, de Norte a Sul, cobrindo o Sudeste, o Centro Oeste e o Nordeste. Uma espécie de candidato imbatível.
Do ponto de vista de analistas políticos, ninguém quer entrar em bola dividida, temendo sofrer uma séria contusão e ficar fora da disputa em 2026, quando, já no segundo mandato, Bolsonaro terá de passar a faixa presidencial.
Pelo visto, apenas a esquerda (se Lula e Ciro entrarem num acordo) deve lançar candidato em 2022 em condições de mexer com os brios de um ou outro eleitor, mas sem representar nenhuma ameaça. O resto vai tentar buscar fôlego para a sucessão quatro anos depois.
Veja o percentual de apoio a Bolsonaro, estado por estado (além do Distrito Federal):
Acre 74,18%, Alagoas 58,36%, Amapá 72,29%, Amazonas 66,18%, Bahia 69,62%, Ceará 67,46%, Distrito Federal 71,25%, Espírito Santo 80,70%, Goiás 77,25%, Maranhão 61,90%, Mato Grosso 60,36%, Mato Grosso Sul 54,55%, Minas Gerais 62,81%, Pará 59,67%, Paraíba 60,91%, Paraná 67,88%, Pernambuco 68,09%, Piauí 65,71%, Rio Janeiro 69,72%, Rio Grande Norte 76,51%, Rio Grande Sul 69,39%, Rondônia 69,85%, Roraima 60,43%, Santa Catarina 82,41%, São Paulo 71,47%, Sergipe 61,13% e Tocantins 61,23%.