22/09/2020 às 08h35min - Atualizada em 22/09/2020 às 08h35min

Witzel nega “rachadinha da saúde” e diz que voltará a governar o Rio

Governador afastado é apontado pela PGR como o líder de organização criminosa que montou esquema de desvio de recursos de prefeituras

Apontado pela Procuradoria-Geral da República como o líder de uma organização criminosa que montou um esquema de “rachadinha da saúde” no estado do Rio de Janeiro, o governador afastado Wilson Witzel (PSC) foi às redes sociais, nesta segunda-feira (21/9), para se defender.

Segundo a PGR, tomando como base as delações do ex-secretário de Saude do Rio Edmar Santos e do empresário Edson Torres, a Secretaria Estadual de Saúde planejou transferir R$ 600 milhões aos fundos municipais de Saúde, para que o montante entrasse no cálculo do valor mínimo constitucional a ser aplicado na área.

A divisão dos recursos deveria ser feita pelo tamanho do município, mas nem sempre isso era respeitado. A intenção seria superfaturar obras em algumas cidades e reverter o lucro para o núcleo que seria comandado pelo Pastor Everaldo, presidente do PSC e que também foi preso. Em algumas cidades, o retorno para o grupo seria de até 10% dos recursos repassados.

Witzel reagiu. E afirma que Santos e Torres são “bandidos confessos”, com os quais foram “encontrados milhões”. “Comigo, um centavo sequer”. O governador afastado diz ter certeza de que voltará a comandar o estado.

Finansus

Edmar Santos confirma o esquema, em sua delação premiada, e detalha que foi criada uma outra fonte de pagamento, uma vez que a primeira somente poderia ser utilizada após a compra ou realização de obra pelo município. Ele explica que a ideia de criar o Finansus, com orçamento de R$ 2 bilhões, partiu de sua equipe.

Witzel foi citado por Edmar por ter indicado o município de Duque de Caxias para receber os repasses do Fundo Estadual de Saúde. A escolha teria sido feita pela proximidade do prefeito Washington Reis com o empresário Márcio Peixoto.


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