22/10/2020 às 05h14min - Atualizada em 22/10/2020 às 05h14min

Cofrinho sujo de Chico retrata o que é o Congresso

MAJOR - BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ.
MAJOR-BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ.

O olor de podre emanado do abominável ato praticado pelo Senador Francisco Rodrigues vai muito além daquele exalado pelo dinheiro escondido no cofrinho mau cheiroso.

Ultrapassando todos os limites da imoralidade, o personagem desse capítulo nojento da história do Senado Federal, membro da Comissão de Ética, foi aconselhado por seus pares a alterar o pedido de licença, que era de 90 dias, e ele passou para 121 dias.

A escolha desse número cabalístico irá caracterizar um desprezível ato de nepotismo.

Essa é uma das consequências nefastas da “Constituição Cidadã” que prevê, no Art. 46 e seus parágrafos, que cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com dois suplentes por eles indicados, para um mandato de oito anos.

Um dos preceitos apregoados na defesa desse sistema é que os Senadores existem para representar seus Estados e propiciar o equilíbrio federativo.

Alguém percebe alguma utilidade dos Senadores em relação ao seu Estado?

Por que José Sarney, ao deixar a Presidência da República, candidatou-se ao Senado pelo Amapá e não pelo Maranhão, seu Estado de origem?

Existe equilíbrio federativo no fato de São Paulo ter o mesmo número de Senadores do Acre?

O Senado é tido como uma casa revisora da Câmara dos Deputados. No entanto, os parlamentares de ambas as Casas têm os mesmos vícios políticos e cometem os mesmos crimes.

Numa oportunidade rara que tiveram para demonstrar patriotismo, os Senadores assistiram covardemente seu Presidente, Renan Calheiros, mancomunado com o da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, rasgarem a Constituição e manterem os direitos políticos da Dilma.

Um Senador recebe o salário-teto do funcionalismo, além de diversas vantagens, como verba para manutenção do gabinete, transporte aéreo, cota postal e de telefones, auxílio moradia, carro oficial com combustível e motorista, serviço de segurança, ressarcimento de despesas médicas, assinatura de publicações e outras benesses.

Não é à toa que ex-Presidentes sujeitam-se a ser ”rebaixados” a Senador após seus mandatos.

Mais grave e inaceitável que a existência de dois Suplentes para cada Senador é que a lei não estabelece qualquer critério ou restrição para a sua escolha além da idade mínima.

Os Senadores têm oito anos de mandato, mas podem concorrer a outros cargos a cada dois anos, abrindo espaço para seus Suplentes.

O resultado disso é que grande número de Suplentes assumem um mandato na “Câmara Alta” brasileira, como ”representantes” do povo, sem um voto sequer, escolhidos entre financiadores de campanha, parentes de todos os graus, secretárias e namoradas. Além disso, em julho de 2019, 11 Suplentes estavam lotados em gabinetes de Senadores.

Este é o modelo dos parlamentares brasileiros que “querem que o Brasil se exploda”. São escolhidos por milhões de eleitores reféns de todo tipo de esmolas eleitoreiras, mantendo o Congresso Nacional habitado e dominado por anões do orçamento, sanguessugas, mensaleiros, petroleiros e a mais recente aquisição, os “covideiros”, que formam muitas vezes uma cadeia hereditária e são protegidos pelas leis que produzem e os magistrados que escolhem.

Um Congresso Nacional e uma Suprema Corte seriamente contaminados por corrupção e ideologia, amparados numa Constituição Federal dúbia, desfigurada e manipulada, estão pondo em sério risco o projeto de recuperação moral, econômico e social do Brasil.

É imprescindível a confecção de uma nova Constituição Federal, escrita por juristas de notável saber e aprovada por um Congresso Nacional renovado e comprometido com o País.

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Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.


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