23/10/2020 às 05h21min - Atualizada em 23/10/2020 às 05h21min

Homem que fingia ser juiz federal é preso pela Polícia Civil do DF

Estelionatário gravou vídeo em frente a uma delegacia ostentando símbolos da polícia e do Exército: ele prometia facilitar compra de armas

14ª Delegacia de Polícia (Gama) prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (22/10), um homem de 46 anos que fingia ser juiz federal. O estelionatário enganava pessoas que queriam adquirir o porte legal de armas, alegando que facilitaria os trâmites burocráticos se elas o pagassem.

Conforme as investigações, o homem, cujo nome não foi divulgado, enganava as vítimas usando uma camisa com a inscrição “juiz” e com brasão da República Federativa do Brasil. Ele atuava no estado de Goiás e em Minas Gerais.

As vítimas, após não receberem as armas, passaram a divulgar fotos do “juiz” nas redes sociais, acusando-o de aplicar golpes. Como resposta, o estelionatário compareceu em frente a 14ª DP e gravou vídeo respondendo as acusações.

Metrópoles teve acesso a áudios nos quais o acusado falava com vítimas em potencial. Em uma da gravações, após alguém questionar o pedido de documentação feito para a aquisição das armas, o homem responde: “No Whatsapp aí você está vendo minha foto, você falar que não me conhece, eu também não te conheço não. Mediante seu documento que vou ver o nada consta”. E completa: “Você está desconfiado de alguma coisa? Não tem lógica isso”.

Em outro áudio, o homem promete ir à cidade da pessoa interessada em adquirir armas. “Posso passar aí em Padre Lúcio [bairro de Águas Lindas do Goiás] quando tiver um tempinho. Falo com os teus colegas […] para me apresentar pra eles e vocês conhecerem o nosso trabalho. Você tá certo, não sabe quem é, e está investindo um dinheiro, né?”, disse.

Após a publicação do vídeo em frente à 14ª DP, os agentes da delegacia fizeram diligências e conseguiram identificar e localizar o suspeito. Quando compareceu à delegacia, ele, mais uma vez, vestia sem autorização camiseta ostentando o símbolo do Exército Brasileiro, e se identificou falsamente como membro da Justiça Federal.

O homem foi posto em liberdade após pagar fiança.


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