A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) começa a chamar, neste mês de novembro, a lista das 6,4 mil famílias contempladas para adquirir um imóvel popular no novo bairro do DF: o Alto Mangueiral. O chamamento será direcionado a quem está na lista da Codhab e de cooperativas, e tiver renda de até 12 salários mínimos (somados todos os integrantes do núcleo familiar).
O primeiro passo é a habilitação pela Codhab. Depois, as famílias serão encaminhadas para o agente financeiro que fará o financiamento. A maior probabilidade até o momento é que a Caixa Econômica Federal (CEF) seja a responsável.
O Alto Mangueiral será erguido perto de São Sebastião. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), a região vai oferecer 6,4 mil unidades residenciais. O bairro foi anunciado em julho deste ano, mas ainda não havia detalhes.
A Codhab informou com exclusividade ao Metrópoles que o local terá casas e apartamentos, com modelo diferente das atuais habitações do Mangueiral.
As casas terão três quartos com uma suíte e área construída de 70 metros quadrados. A novidade é que as habitações ficam dentro de um lote de 128 metros quadrados, com espaço para jardim ou garagem. Não haverá construção geminada.
Os prédios terão seis pavimentos, diferentemente do Mangueiral, cujos edifícios têm, no máximo, quatro andares. Além disso, as construções terão elevadores e poderão contar com fachada ativa, quando é permitido instalar lojas comerciais no pavimento de baixo da habitação.
O Alto Mangueiral começa a ser construído em 2021. As convocações iniciam ainda neste mês para que dê tempo de todo o processo ser concluído. As habitações serão construídas junto com toda a infraestrutura do bairro, como escolas, Unidade Básica de Saúde, Centro Clínico e outros equipamentos públicos necessários.
O novo bairro funcionará como uma “zona de centralidade”. Ou seja, terá um comércio amplo, capaz de abastecer e suprir necessidades de São Sebastião, Mangueiral e Jardim Botânico.
De acordo com o presidente da Codhab, Wellington Luiz, o Alto Mangueiral vai substituir o projeto do Bairro Nacional, interrompido em 2013 por conta de impasses referentes à propriedade das glebas. Ele ressalta que há um déficit de 200 mil moradias habitacionais no DF.
“Vamos lançar 760 unidades habitacionais ainda 2020 e estamos trabalhando para iniciar obras e concluir o compromisso de 40 mil empreendimentos a serem feitos para a população. As habitações populares são uma prioridade do governador Ibaneis”, ressaltou.
Ainda na meta de vencer o déficit habitacional que existe no DF, o Governo do Distrito Federal vai entregar as chaves de 760 moradias populares até dezembro. De acordo com a Codhab, pelo menos três empreendimentos estão prontos e as unidades habitacionais serão passadas às mãos de seus novos donos. As datas de entrega para quem tem o nome na lista aprovado pelo governo serão marcadas e algumas ocorrerão ainda em novembro.
Receberão os imóveis prontos para moradia em 2020 pessoas que têm inscrição para habitações no Residencial Parque do Sol, no Sol Nascente. Nesse caso, serão 100 unidades para candidatos habilitados na faixa 1, cuja renda mensal limite é de até R$ 1,8 mil.
Na mesma faixa de renda, será entregue parte das moradias do Condomínio Crixá, em São Sebastião. Os apartamentos variam entre 47,65 m² e 47,75 m². Possuem dois quartos, sala, cozinha e banheiro. A previsão de entrega das 560 unidades habitacionais é para este mês.
O terceiro residencial a realizar o sonho da casa própria por meio dos projetos de moradia popular é o Paulo Freire, localizado em Samambaia. Serão 100 unidades entregues ainda em 2020. Nesse caso, falta apenas a conclusão do processo de habite-se para que as chaves cheguem às mãos de seus proprietários.
A Caixa Econômica Federal (CEF) também trabalha para aprovar os financiamentos das moradias populares.
“Mais do que entregas, os imóveis vão realizar o sonho da casa própria. Essas famílias passam a mudar de vida a partir do momento que recebem suas casas. Isso nos traz uma satisfação muito grande. Somente em 2020, a Codhab entregou 1,5 mil moradias”, afirma o presidente da companhia, Wellington Luiz.
Segundo ele, é determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB) dar agilidade aos processos. “Estava tudo parado. Inclusive as obras e projetos. Estamos concluindo projetos iniciados no nosso governo. Nos próximos anos, vamos alcançar a meta de 40 mil unidades habitacionais sendo construídas ou pronta para a população do DF”, completou Wellington Luiz.