Luziânia chegou a ser chefiada por uma mulher, em 2020. No entanto, após 120 dias afastado por suspeita de ter cometido assédio sexual contra servidores, o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) reassumiu a cadeira que havia sido ocupada pela sua vice, Edna Aparecida (Podemos), desde fevereiro deste ano até a recondução do titular.
Como funciona a majoritária municipal
Ao contrário do que ocorre nas eleições proporcionais, para vereadores, os pleitos para cargos majoritários, de prefeito, não exigem inscrição de 30% das mulheres para concorrer. Ou seja, o partido pode indicar quem quiser ou considerar ter o nome mais influente e conhecido para disputar a vaga. Não é necessário cumprir o percentual mínimo de mulheres.
“Na majoritária, não tem a cota, os partidos podem optar. Normalmente, são escolhidos candidatos mais conhecidos, que são homens. É preciso estranhar porque as mulheres não estão concorrendo ao poder e porque não entram no poder. Por exemplo, por que os partidos não querem colocar mulheres para disputar as majoritárias?”, questiona a cientista política, pesquisadora associada LabGen-UFF, Débora Thomé.
Para ela, é preciso pensar como será realizada essa renovação na política. “Na majoritária é sempre mais difícil. Os partidos vão para o tudo ou nada, só um será eleito e eles não investem em mulheres”, lamenta a especialista.
Confira quais municípios têm mulheres concorrendo à prefeitura: